A Igreja Católica dizia que preto e índio não possuem alma. Então, nada de muito estranho na postura desse safado.
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José Oliveira de Jesus, que serve mesas há 49 anos, teria sido ignorado por Wendel Ribeiro várias vezes, até que pároco foi ao balcão e disse que não queria ser atendido “por aquele pretinho, que não deveria carregar o nome de Jesus”
Por Henrique Rodrigues 20 jul 2021 - 12:53
Um caso de racismo revoltou a cidade de Jacareí, região do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. O padre Wendel Ribeiro, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, localizada em São José dos Campos, que é membro cooperador da prelazia católica ultraconservadora Opus Dei, teria se negado a ser atendido por um garçom negro que trabalha numa pizzaria da cidade. O caso ocorreu no último domingo (18).
José Oliveira de Jesus, de 62 anos, conta que estava trabalhando quando o padre chegou ao estabelecimento e se sentou. “Azeitona”, como é conhecido o garçom, disse que foi até a mesa para o atendimento, mas que Wendel permaneceu o tempo todo de cabeça baixa, ignorando-o.
Segundo sua versão, na quinta tentativa de anotar o pedido do religioso, assustou-se com a reação dele, que levantou foi até o balcão do restaurante e teria dito ao funcionário que lá estava “que não queria ser atendido por aquele pretinho, que não deveria carregar o nome de Jesus”.
Revoltado com a situação, o garçom denunciou o caso em suas redes sociais e o relato viralizou, motivando José Jesus a procurar a Delegacia Sede de Jacareí para lavrar um Boletim de Ocorrência por injúria racial. A Polícia Civil no município ficou encarregada de investigar o caso.
A Diocese de São José dos Campos, onde está lotado o padre Wendel Ribeiro, também se pronunciou sobre o episódio, por meio de uma nota divulgada por sua assessoria de imprensa, posicionando-se contra qualquer ato de natureza discriminatória e citando até o papa Francisco, líder mundial da Igreja Católica.
“A Diocese de São José dos Campos esclarece que são inaceitáveis atos de racismo em qualquer esfera da sociedade, principalmente vindo do âmbito religioso – cujo lugar é propagar o respeito mútuo, o amor sincero e o diálogo. ‘Não podemos tolerar ou fechar os olhos ao racismo e à exclusão de qualquer forma e, pretendemos defender a santidade de toda vida humana”, afirmou o Santo Padre Francisco em audiência pública, em junho de 2020’. Fica assim manifesto publicamente nossas orações, apoio e amizade às vítimas, e a certeza de que juntos venceremos e combateremos qualquer ato discriminatório que fira qualquer pessoa”, diz o comunicado.
A proprietária da pizzaria onde José Jesus trabalha atendendo os clientes, Lucia Helena Costa Tamaoki, fez uma postagem no Facebook, em seu perfil pessoal, repudiando a atitude do padre e confirmou o ocorrido em seu estabelecimento.
“Quero deixar meu repúdio a esse senhor conhecido como Padre Wendel Ribeiro, q ontem maltratou e humilhou um colaborador nosso, por ser racista!!! Estamos indignados e inojados (sic) por tal postura em nosso estabelecimento!! Não aceitamos nenhum tipo de preconceito, principalmente com os nossos colaboradores, q nos ajudam a fazer um trabalho de mto respeito á todos (sic). Simplesmente REVOLTANTE!!!”, escreveu indignada a comerciante.
A reportagem da Fórum entrou em contato com a Mitra Diocesana de São José dos Campos para obter mais informações sobre as providências que serão tomadas em relação ao caso, assim como solicitou contato com o padre Wendel Ribeiro. A liderança católica informou que não serão divulgados posicionamentos sobre o fatídico episódio, para além da nota já divulgada, e informou o número de telefone da paróquia onde Wendel Ribeiro atual.
Até o fechamento dessa reportagem, não conseguimos resposta da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de São José dos Campos e nem do sacerdote envolvido nas acusações de racismo.
Fonte: https://revistaforum.com.br/noticias/padre-opus-dei-acusado-racismo-sp/
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