Em meio aos protestos após a morte de um palestino por um segurança de colônias judaicas, a polícia antidistúrbios de Israel entrou no complexo da mesquita de al Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém, para remover do local palestinos que atiravam pedras contra o Muro das Lamentações.
Os palestinos se refugiaram na mesquita, terceiro local mais sagrado do islamismo. Não há informações sobre vítimas ou confrontos violentos no local, disse o porta-voz.
Marco Longari/AFP | ||
Polícia de Israel invadiu mesquita da Cidade Velha de Jerusalém em meio a protestos após morte de palestino |
A tensão na cidade aumentou depois da morte do palestino no conflituoso bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental --a parte árabe da cidade--, desencadeando confrontos de rua e acusações, por parte de palestinos, de que Israel está minando as negociações de paz patrocinadas pelos Estados Unidos.
"Esta violenta escalada das forças de ocupação israelenses representa medidas destrutivas que destroem a programação de construção da paz", disse o porta-voz do governo palestino, Ghassan Khatib, acusando a polícia de impedir ambulâncias de chegarem a Silwan para atender os moradores feridos.
"Essas ações ilegais de permanente inserção de colonos fortemente armados no coração dos bairros palestinos resultam em provocações diárias e em violência contra palestinos desarmados e desprotegidos, e abrem caminho para que tais crimes prossigam", acrescentou.
Segundo a polícia israelense, o guarda disse em uma investigação dos fatos que abriu fogo contra dezenas de palestinos que bloqueavam e apedrejam seu carro, antes da madrugada.
Dois outros palestinos ficaram feridos pelos disparos, disseram moradores, acrescentando que o guarda trabalha como segurança dos colonos.
Moradores de Silwan saíram às ruas depois do incidente, revirando carros e atirando pedras na polícia e em pedestres.
A polícia afirmou ter respondido com gás lacrimogêneo, jatos de água e granadas de efeito moral. Três civis e um policial israelenses ficaram feridos nos confrontos, informou a polícia de Israel.
Marco Longari/AFP | ||
Protestos tornaram-se violentos na região nesta quarta-feira, após confrontos no bairro de Silwan, em Jerusalém |
Centenas de pessoas compareceram ao funeral do palestino morto, que tinha 32 anos e cinco filhos.
Confrontos esporádicos se espalharam pela Cidade Velha de Jerusalém, onde fica a Mesquita de al Aqsa e o Muro das Lamentações, o local de orações mais reverenciado do judaísmo.
Israel tomou da Jordânia a parte oriental de Jerusalém, bem como a Cisjordânia, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e considera toda a Jerusalém sua capital -- status não reconhecido internacionalmente.
Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado que pretendem criar na Cisjordânia e faixa de Gaza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário