Com a crise no abastecimento de água que se abate sobre a cidade a cada temporada, impossível procrastinar a desapropriação da Fazenda Caiçara, situada no canto do Moreira, junto ao Morro da Virgínia, o mesmo onde caiu o avião da TRANSBRASIL, nos idos de 1980.
Lá está a nascente do Rio Ratones, considerado o maior curso d'água da Ilha, propriedade que não pode, portanto, no interesse coletivo, permanecer nas mãos do empresário Rogério Machado Arante e esposa, ele sócio da empresa TRANSOL e que regula o fluxo do aludido Rio ao seu bel prazer, pois levantou uma barragem no leito do Ratones, salvo melhor juízo, sem possuir as necessárias licenças ambientais e, portanto, alvará de construção.
Aquelas terras, como as onde nasce a denominada Cachoeira da Florinda, também aqui em Ratones, precisam ser transferidas ao domínio e cuidado públicos, pra que sejam protegidas e assegurado o uso dos mananciais pela concessionária do serviço de água, CASAN.
Que sejam feitos os decretos de utilidade pública, que se pague os preços justos e que a administração dos imóveis seja confiada à CASAN, pede o interesse social mais que evidente.
Outros cursos d'água situados na Ilha, igualmente significativos, devem ter o mesmo destino.
Após as desapropriações, urge o replantio das matas ciliares, as quais, no caso da Fazenda Caiçara, por exemplo, foi suprimida, visando o proprietário a formação de pastos para a criação de cavalos.
Juntamente com a desapropriação da Caiçara, é imperioso desapropriar-se, ainda, áreas contíguas, formadas por pântanos que funcionam como fonte secundária da água do mesmo Rio, numa área que se assemelha ao fundo de uma bacia.
A desapropriação da Caiçara e terras contíguas, possibilitaria a unificação das mesmas à Unidade de Conservação Desterro, área pertencente à UFSC, que delas é lindeira, oportunizando a manutenção de importantíssimo ecossistema para a Ilha de SC.
Quanto à desapropriação da área onde nasce a Cachoeira da Florinda, possibilitaria - imagino - a ampliação do parque do Rio Vermelho, que se estende até a divisa daquele distrito com o de Ratones.
Ali, a medida que urge ser adotada, é a supressão dos incontáveis pés de pinus eliotis, espécie invasora trazida do Canadá por um conhecido personagem da Ilha, quando administrou o Parque do Rio Vermelho.
Ali, a medida que urge ser adotada, é a supressão dos incontáveis pés de pinus eliotis, espécie invasora trazida do Canadá por um conhecido personagem da Ilha, quando administrou o Parque do Rio Vermelho.
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