Alvos dos ataques no país africano são patrimônio de sua própria religião
Homem reza ao lado dos túmulos de santos venerados pelos islâmicos AP
MOPTI, Mali — Como no Afeganistão, onde os talibãs demoliram em 2001 as milenares estátuas de Buda, os extremistas do Mali também estão destruindo tudo aquilo que julgam estar em desacordo com sua interpretação radical do islamismo. Ao contrário dos fundamentalistas afegãos, entretanto, os alvos dos ataques no país africano são patrimônio de sua própria religião.
No último dia 23, integrantes do grupo Ansar al-Dine puseram abaixo pelo menos três mausoléus em Timbuktu, cidade milenar que viveu seu apogeu econômico e cultural nos séculos XV e XVI, quando foi um centro de propagação do Islã pela África. Vários outros já tinham sido destruídos antes. Desde 1988, toda a cidade passou a ser considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco por sua importância histórica.
- Nenhum mausoléu restará de pé em Timbuktu, Alá não gosta disso - disse um integrante da Ansar al-Dine.
A destruição de tesouros culturais pelos fundamentalistas na cidade começou em julho, quando os mausoléus de Sidi Mahmoud, Sidi Mokhtar e Alpha Moya foram atacados. Então, a ONU aprovou um fundo de emergência para recuperar o patrimônio.
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