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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Subcomandante Marcos anunciou o regresso do Exército Zapatista à luta no México


Em três comunicados, o Exército Zapatista critica todos os partidos, exige o cumprimento dos Acordos de São José e anuncia novas acções "civis e pacíficas".
O subcomandante Marcos em Chiapas, em 2005 OSCAR LEO/AFP

O Exército Zapatista de Libertação Nacional, dirigido pelo famoso comandante Marcos, anunciou na quarta-feira à noite o regresso à luta activa. Na verdade, as actividades deste movimento mexicano de luta pelos direitos dos povos índios começaram no dia 21 de Dezembro, com manifestações silenciosas em cinco cidades do estado de Chiapas.

Na quarta-feira, foram emitidos três comunicados assinados pelo subcomandante Marcos que criticam a classe política, a começar pelo novo Presidente, Enrique Peña Nieto (e com ele o Partido Revolucionário Institucional, PRI, que governou o país sete décadas e estava há 12 afastado, regressou ao poder).

"A nossa mensagem não é de resignação, não é de guerra, de morte e destruição. A nossa mensagem é de luta e resistência", escreveu Marcos, cujas mensagens do Comité Clandestino Revolucionário Indígena são citadas pelo jornal espanhol El País. Considera o regresso do PRI ao poder um "golpe de Estado mediático" e faz saber: "Se eles [os priistas] nunca desapareceram, nós também não".

"Os maus governos de todo o espectro político, sem excepção, fizeram todos os possíveis para nos destruir, para nos comprar, para nos rendermos", escreveu Marcos, incluindo na lista a esquerda de Andrés Manuel Lopes Obrador, que tentou impugnar a eleição de Peña Nieto.

Há quase dois anos que o subcomandante não emitia um comunicado e o Exército zapatista anuncia que, nos próximos dias, revelará "uma série de iniciativas de carácter civil e pacífico" em nome dos povos originários do México e de todo o continente americano que "resistem e lutam" com um ideário de esquerda. Os comunicados lembram que foram assinados os Acordos de São José, em 1996, pelo PRI, era então Presidnete Ernesto Zedillo, e que esses acordos devem ser cumpridos. 

Fonte: PUBLICO (Pt)

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