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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Operação da PF prende em SC e RS suspeitos de crimes contra a administração pública de Florianópolis

Depois, rola daqui, rola dali, virão absolvições por conta de prescrição ...
A Polícia faz o seu papel de defesa dos interesses coletivos, a Justiça nem sempre.
No caso da Operação Moeda Verde foi assim. A delegada Julia Vergara e equipe ainda foram acusados de sensacionalismo por alguns jornalistas, supostamente bocas pagas dos corruptores e corruptos.

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Mandados são cumpridos na manhã desta quarta-feira

Policiais federais com material apreendido na manhã desta quarta-feira em FlorianópolisFoto: Guto Kuerten / Agência RBS


A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quarta-feira 38 mandados de busca e apreensão, mandados de prisão e de condução coercitiva em Florianópolis e Joaçaba. A operação também ocorre no Rio Grande do Sul, nas cidades de Porto Alegre, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul e Flores da Cunha. 

A Operação Ave de Rapina tem por objetivo a desarticulação de organização criminosa voltada para a prática de crimes contra a administração pública de Florianópolis.

De acordo com informações da PF, a investigação comprovou a existência de umesquema de corrupção inserido na Câmara de Vereadores, Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e na Fundação Cultural Franklin Cascaes, em Florianópolis. Servidores públicos estariam recebendo dinheiro de empresários em troca da manutenção ou elaboração de contratos milionários.

Os esquemas

A investigação aponta que empresas especializadas em radares e lombadas eletrônicas simulavam concorrência em licitações com o apoio de servidores para garantir a elaboração de contratos com o poder público. Em troca, pagavam mensalmente propina aos integrantes da organização criminosa. 

Outro esquema envolvia fraude de licitações em eventos festivos e culturais. Segundo a PF, empresários especializados no ramo recebiam de agentes públicos informações privilegiadas relativas às empresas concorrentes e orientações de como proceder para fraudar a licitação — com consequente desvio e apropriação de recursos públicos. 

A PF também apurou que existência de corrupção no tocante a elaboração de leis municipais em Florianópolis, visando beneficiar empresários, que pagavam altas quantas em dinheiro para ter seus interesses estampados nas normas municipais.

Durante as investigações foi comprovada a realização de depósitos e saques do dinheiro referente à propina, com a utilização da conta de laranjas e a apreensão de um valor de aproximadamente 100 mil reais no Rio Grande do Sul, juntamente com aditivos contratuais superfaturados em Florianópolis. A Operação envolveu um efetivo de aproximadamente 200 policiais.

Contraponto

Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira, a Prefeitura de Florianópolis afirma que aguarda mais informações sobre a operação para definir as medidas a serem tomadas no âmbito administrativo. A administração se coloca à disposição da Polícia Federal e de qualquer órgão de controle para esclarecimentos necessários.
Foto: Polícia Federal / Divulgação 


DIÁRIO CATARINENSE

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