Redação* | São Paulo - 17/05/2017 - 19h39
Ministro disse que 'paramilitares colombianos' detidos em Táchira portavam uniformes da Guarda Nacional Bolivariana e vinham se infiltrando em manifestações antigoverno a mando de grupos opositores; Exército enviará mais tropas ao Estado
O ministro de Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela, Néstor Reverol, disse nesta quarta-feira (17/05) que forças de segurança prenderam seis "paramilitares colombianos" que participavam de atos violentos durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro no Estado de Táchira, que faz fronteira com a Colômbia, na noite de terça-feira (16/05).
Segundo López, os homens detidos portavam uniformes da GNB (Guarda Nacional Bolivariana) e vinham se infiltrando em manifestações antigoverno na região.
"No estado de Táchira no dia de ontem aconteceram fatos violentos, fatos terroristas, no qual a direita terrorista contratou paramilitares colombianos que se envolveram nestes atos violentos", disse o ministro em declaração à imprensa.
López também afirmou que 11 estabelecimentos comerciais foram saqueados no mesmo Estado, e que a “direita terrorista” incentivou “assaltos, queimas e destruição” de postos policiais.
Agência Efe
Manifestação contra Nicolás Maduro em Caracas no dia 13; incidentes violentos durante protestos pelo país já deixaram 43 mortos
No Estado de Miranda, quatro estabelecimentos comerciais foram saqueados nesta terça-feira. O ministro disse também que estradas foram bloqueadas para impedir o transporte de medicamentos, alimentos e serviços de emergência na região da Grande Caracas, vizinha à fronteira de Miranda.
Exército reforçará policiamento em Táchira
O ministro de Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, anunciou nesta quarta-feira (17/05) que foi iniciada a segunda fase do Plano Zamora no estado de Táchira, implementado há um mês pelo Executivo para "manter a ordem interna", e disse que enviará mais de 2.000 soldados à região.
Agência Efe
O ministro Néstor Reverol disse que forças de segurança venezuelanas prenderam seis paramilitares colombianos em atos violentos contratados pela oposição
"Decidimos por instrução do presidente da República elevar a uma segunda fase, a um maior nível de concentração e outras atividades adicionais, o emprego do Plano Zamora no estado de Táchira a partir deste momento", disse Padrino em declaração à imprensa.
O ministro indicou que esta segunda fase do plano foi ativada devido aos ataques "sem precedentes" ocorridos ontem nesse estado contra uma instalação militar e várias delegacias de polícia em San Cristóbal, capital de Táchira.
Padrino afirmou que cerca de 100 pessoas cercaram o grupo de artilharia de campanha do Exército "jogando coquetéis molotov dirigidos exatamente para onde estão as saídas de gás", com o consequente risco de explosão de toda a instalação militar.
Táchira, da mesma forma que Caracas e outros estados do país, foi nos últimos dias palco de grandes protestos antigovernamentais que terminaram em distúrbios e saques a lojas.
Há um mês e meio, a Venezuela é palco de uma onda de manifestações a favor e contra o governo de Maduro, algumas das quais geraram incidentes violentos que deixaram um saldo de 43 mortos e centenas de feridos e detidos.
O número de vítimas já chegou àquelas mortas durante onda de protestos similar em 2014, que ficou conhecida com o nome de “La Salida” e pretendia forçar a destituição de Maduro.
Opositores acusam a repressão do governo como responsável pelas mortes, enquanto instituições estaduais investigam os ocorridos. De acordo com um informe divulgado pelo Ministério Público da Venezuela no dia 5 de maio, a maioria das 36 mortes registradas até então se deu por disparos de armas de fogo. No caso de mortes provocadas por oficiais venezuelanos, eles têm sido identificados e presos, segundo o MP e a Procuradoria-Geral da Venezuela.
Além disso, houve mortes em decorrência da detonação de um artefato explosivo, em acidentes de trânsito provocados por bloqueios nas vias e por choque elétrico durante uma tentativa de saque.
*Com Agência Efe
Fonte: http://operamundi.uol.com.br
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