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domingo, 21 de maio de 2017

EUA e China avançam em negociações sobre exportação de carne


CHICAGO (Reuters) - Negociações para retomada das exportações de carne bovina dos Estados Unidos à China estão avançando rapidamente e os detalhes finais devem ser acertados até o início de junho, disse nesta sexta-feira o Departamento de Agricultura dos EUA, permitindo ao país competir por negócios que foram perdidos pelo Brasil.

Como parte de um acordo comercial, pecuaristas dos EUA deverão interromper o uso de medicamentos que estimulam o crescimento em animais destinados para exportação à China e deverão registrar os movimentos dos animais, segundo o USDA.

As partes estão negociando para cumprir um prazo, estabelecido sob um acordo comercial mais amplo na semana passada, para que os embarques comecem em meados de julho.

A China baniu importações de carne bovina norte-americana em 2003 após um susto nos EUA com a doença da vaca louca. Tentativas anteriores de Washington para reabrir o mercado de carne bovina de crescimento mais rápido fracassaram. Mas agora o rápido progresso das últimas negociações está aumentando a esperança de produtores dos EUA.

O momento do novo acordo permite que produtores dos EUA se beneficiem, uma vez que o Brasil, maior exportador de carne bovina do mundo, está lidando com escândalos e a Austrália sofre com uma seca que tem prejudicado a produção, disseram analistas.

As compras da China representaram quase um terço dos 13,9 bilhões de dólares em exportações da indústria brasileira de carnes no ano passado. Mas em março, Pequim baniu brevemente as importações brasileiras após a Polícia Federal acusar inspetores de aceitarem subornos para permitir vendas de carnes estragadas.

A JBS, maior produtora de carne do mundo, estava envolvida na investigação e em novas acusações nesta semana de que o presidente brasileiro conspirou em obstruir a justiça com o presidente do conselho da empresa, Joesley Batista.

A investigação de segurança alimentar atingiu as exportações de carne bovina dos EUA, que caíram em 24,6 por cento para 378 milhões de dólares em abril ante março, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

(Por Tom Polansek)


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