PARIS (Reuters) - Promotores franceses lançaram uma investigação sobre um contrato de 6,7 bilhões de euros firmado em 2008 entre a fornecedora de produtos navais DCNS e o Brasil, que incluiu a venda de cinco submarinos, disse uma fonte próxima à investigação neste domingo.
A investigação, iniciada em outubro do ano passado, analisa a potencial “corrupção de autoridades estrangeiras”, disse a fonte, confirmando uma reportagem do jornal francês Le Parisien.
A investigação está relacionada à Lava Jato, iniciada em 2014 e que já investigou suspeitas de corrupção envolvendo centenas de políticos e figuras públicas, disse o jornal sem citar fontes.
A DCNS negou qualquer irregularidade.
“Não temos nenhuma relação com a Lava Jato. A DCNS respeita escrupulosamente as regras da lei ao redor do mundo”, disse um porta-voz à Reuters.
Em sua conta oficial no Twitter, os procuradores disseram no dia 12 de maio que falaram com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e visitaram órgão de combate à corrupção, mas não fizeram referência à investigação citada pelo Le Parisien.
Em 2015, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que a polícia federal estava investigando potenciais irregularidades no programa militar brasileiro para construir um submarino nuclear em parceria com a França até 2023.
O jornal não disse se a DCNS, na qual a França controla 62 por cento e o grupo de produtos militares eletrônicos Thales possui 35 por cento, está sendo investigada.
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