A "bomba" política do ano, envolvendo Temer (PMDB) e Aécio (PSDB), prova que a política em nosso país não é para amadores
CARLOS DAMIÃO - 18/05/2017 09H29 - 18/05/2017 09H29
Para consertar o estrago, o país precisa de nova eleição e constituinte - Pixabay/Divulgação/ND
"Golpe foi antes. Agora é acerto de contas", escreveu na noite de quarta-feira, 17/5, o jornalista Antero Grecco no Twitter. Alguém já disse, faz tempo, que o Brasil não é para amadores. Personagens que estão no centro da atual crise, incluindo o presidente Michel Temer (PMDB). criaram um sentimento geral de repulsa ao longo dos últimos meses, justamente porque ignoraram um fator primordial em política: o diálogo, mesmo (e principalmente) entre os diferentes. Caíram na esparrela do populismo de direita e exrema-direita, represenado por facções que se instalaram em alguns partidos, como o PSDB, o PMDB e o DEM. A ideia de que era necessário fazer reformas sociais - previdenciária e trabalhista - a qualquer custo, sem audiências públicas, sem debates, à base do trator político que opera no Congresso Nacional, pode estar entre as causas de tudo isso. Claro, tem o componente da moralidade, do combate à corrupção, da reconstrução da ética e da própria República. Mas não é só. A questão é complexa demais para se resumir a ações da Lava Jato ou do juiz Sérgio Moro. E hoje a gente se surpreende com lideranças políticas de todos os matizes ideológicos querendo recolocar o Brasil no prumo. O caminho nem é muito complicado: eleições diretas para presidente, Constituinte exclusiva e democrática para implantar reformas; aceitação das contrariedades e das derrotas. Lembrando sempre que a atual crise institucional brasileira começou com a não aceitação do resultado eleitoral de 2014. Aécio Neves (PSDB), que perdeu para Dilma (PT), perdeu-se num discurso inflamado e destruidor, cujo propósito era aniquilar sua adversária. Prova agora do próprio veneno, dois anos depois que começou sua cruzada. Quanto a Temer, a palavra ilegítimo, que vem sendo usada por ampla parcela da população desde sua posse (a aceitação dele não ultrapassa 5%), define bem o que ocorre.
Fonte: https://ndonline.com.br
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