O pesquisador suíço Ernst Götsch, idealizador da técnica, ministrou o curso na Escola Técnica Agropecuária de Foz do Iguaçu.
Os parques nacionais do Iguaçu e da Chapada dos Veadeiros promoveram, entre os dias 2 e 4 de dezembro, o 1º Curso de Agricultura Sintrópica (técnica que aproveita as lições da natureza para cultivos sadios e produtivos). Voltado principalmente aos proprietários rurais de áreas lindeiras ao Parque Nacional do Iguaçu, as aulas foram ministradas por Ernst Götsch, idealizador da prática. Götsch é um agricultor e pesquisador suíço, que desenvolveu uma agricultura que concilia produção agrícola e recuperação de áreas degradadas.
Segundo a analista ambiental do Parque do Iguaçu, Rosane Nauderer, a ideia do curso surgiu a partir da necessidade de criação de células de agrofloresta no entorno da unidade. "A iniciativa foi impulsionada pelo chefe do Parque, o engenheiro florestal Ivan Carlos Baptiston, que há tempos já vinha divulgando esta proposta para alguns proprietários de áreas limítrofes ao Parque", explica Rosane.
O curso foi realizado na Escola Técnica Agropecuária de Foz do Iguaçu, com a parceria de professores e alunos. Participaram os produtores rurais dos municípios do entorno do Parque como: Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Serranópolis, Matelândia, Santa Tereza do Oeste e Capanema. Além de técnicos agrícolas que atendem proprietários da região, alunos e professores de cursos relativos à temática.
"O objetivo é começar a divulgar a prática na região e criar multiplicadores, assim como pequenos núcleos que possam no futuro demonstrar a viabilidade e os benefícios da agricultura sintrópica", ressalta Rosane. A prática desta agricultura pode ser aproveitada para a recuperação de áreas degradadas gerando ganho ambiental e lucro para os proprietários.
"Esta é a primeira parceria entre dois parques nacionais de diferentes biomas, que esperamos gerar frutos e servir como incentivo para outras unidades de conservação espalhadas pelo país, em prol da conservação e da recuperação de áreas do entorno, buscando o equilíbrio e a manutenção da qualidade ambiental", afirma o servidor do Parque do Iguaçu, Edilson Esteves
Na organização das atividades estiveram envolvidos os setores de Educação Ambiental, Proteção e Conservação e Posto Avançado de Capanema do Parque Nacional do Iguaçu. Porém, a viabilidade somente foi possível através do apoio de alguns parceiros da Unidade de Conservação: Itaipu Binacional, Parque das Aves, Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, Helisul, Macuco Eco Aventura, Pousada Guata-Porã e Cataratas S.A.
Comunicação ICMBio
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