Mundo
23.01.2019 às 14h24
Rudolf Hess ao lado de Hitler (à direita)
Keystone/Getty
Durante anos, muito acreditaram que Rudolf Hess, destacado membro nazi condenado a prisão perpétua, tinha um sósia preso no seu lugar. Não tinha
Sara Rodrigues
Jornalista
A ciência desmontou mais uma teoria da conspiração recorrendo a amostras de sangue e ADN. O caso está relacionado com Rudolf Hess, destacado membro nazi e muito próximo de Hitler.
Durante anos, muitas pessoas acreditaram que o preso Spandau #7 não era Hess, mas sim um sósia. O próprio médico da prisão de Berlim perfilhava esta teoria.
No entanto, um estudo que comparou uma amostra de sangue de Spandau #7 com o ADN de um familiar distante ainda vivo – cuja identidade foi mantida em segredo – foi agora publicado no Forensic Science International Genetics e acabou com as dúvidas.
“Não havia nada que suportasse a teoria do impostor, mas finalmente conseguimos desvendar o caso”, diz, citado pelo The Guardian, Jan Cemper-Kiesslich, professor da Universidade de Salzburgo, na Áustria, e coautor da investigação.
Rudolf Hess foi capturado na Escócia, em 1941, para onde tinha viajado sozinho com o intuito de conseguir um acordo de paz com o Reino Unido. O comissário de Hitler foi detido assim que aterrou e esteve preso em vários locais, nomeadamente a Torre de Londres, até ser julgado em Nuremberga, em 1947, por crimes contra a Humanidade e ter recebido uma pena de prisão perpétua. A sentença foi cumprida na prisão de Spandau, em Berlim, mas o rumor de que Hess não era Hess, mas sim um sósia, tinha começado antes.
A sua recusa em receber familiares até 1969 e a alegada amnésia, que começou durante o julgamento, contribuíram para adensar o boato. Até Franklin Roosevelt, presidente dos EUA entre 1933 e 1945, acreditava nesta teoria da conspiração, embora a família do nazi a negasse por completo.
Hess acabaria por morrer em 1987, na prisão, em circunstâncias não totalmente esclarecidas.
Um amostra de sangue tirada ao detido, em 1982, e hermeticamente selada, foi a base para o estudo que, com alguma investigação, encontrou um familiar distante.
“A pessoa a quem pertencia a amostra de sangue era mesmo de Rudolf Hess”, diz Cemper-Kiesslich.
Fonte: VISÃO PT
23.01.2019 às 14h24
Rudolf Hess ao lado de Hitler (à direita)
Keystone/Getty
Durante anos, muito acreditaram que Rudolf Hess, destacado membro nazi condenado a prisão perpétua, tinha um sósia preso no seu lugar. Não tinha
Sara Rodrigues
Jornalista
A ciência desmontou mais uma teoria da conspiração recorrendo a amostras de sangue e ADN. O caso está relacionado com Rudolf Hess, destacado membro nazi e muito próximo de Hitler.
Durante anos, muitas pessoas acreditaram que o preso Spandau #7 não era Hess, mas sim um sósia. O próprio médico da prisão de Berlim perfilhava esta teoria.
No entanto, um estudo que comparou uma amostra de sangue de Spandau #7 com o ADN de um familiar distante ainda vivo – cuja identidade foi mantida em segredo – foi agora publicado no Forensic Science International Genetics e acabou com as dúvidas.
“Não havia nada que suportasse a teoria do impostor, mas finalmente conseguimos desvendar o caso”, diz, citado pelo The Guardian, Jan Cemper-Kiesslich, professor da Universidade de Salzburgo, na Áustria, e coautor da investigação.
Rudolf Hess foi capturado na Escócia, em 1941, para onde tinha viajado sozinho com o intuito de conseguir um acordo de paz com o Reino Unido. O comissário de Hitler foi detido assim que aterrou e esteve preso em vários locais, nomeadamente a Torre de Londres, até ser julgado em Nuremberga, em 1947, por crimes contra a Humanidade e ter recebido uma pena de prisão perpétua. A sentença foi cumprida na prisão de Spandau, em Berlim, mas o rumor de que Hess não era Hess, mas sim um sósia, tinha começado antes.
A sua recusa em receber familiares até 1969 e a alegada amnésia, que começou durante o julgamento, contribuíram para adensar o boato. Até Franklin Roosevelt, presidente dos EUA entre 1933 e 1945, acreditava nesta teoria da conspiração, embora a família do nazi a negasse por completo.
Hess acabaria por morrer em 1987, na prisão, em circunstâncias não totalmente esclarecidas.
Um amostra de sangue tirada ao detido, em 1982, e hermeticamente selada, foi a base para o estudo que, com alguma investigação, encontrou um familiar distante.
“A pessoa a quem pertencia a amostra de sangue era mesmo de Rudolf Hess”, diz Cemper-Kiesslich.
Fonte: VISÃO PT
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