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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

ONU emite sinal de alarme face ao ressurgimento do antissemitismo






Anadolu Agency/Getty Images

Numa sessão que recordou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o secretário-geral da organização denunciou a proliferação de grupos neonazis e a adoção de ideias extremistas por parte de grandes partidos políticos



O secretário-geral da ONU, António Guterres, emitiu esta segunda-feira um alerta sobre o regresso do "velho antissemitismo", a proliferação de grupos neonazis e a adoção de ideias extremistas por parte de grandes partidos políticos.

"Devemos levantar-nos perante o crescente antissemitismo", disse Guterres numa sessão que recordou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

A celebração desta jornada, que decorreu no domingo, foi hoje assinalada na sede das Nações Unidas, entre repetidos apelos para que não se esqueçam as lições do passado.

"Enquanto recordamos, também reafirmamos a nossa determinação em combater o ódio que ainda hoje atinge o nosso mundo", disse o dirigente da ONU.

Guterres referiu-se aos numerosos ataques ocorridos nos últimos meses, incluindo o assassinato em outubro de 11 pessoas numa sinagoga em Pittsburgh (Pensilvânia, EUA), ou as pedras lançadas há alguns dias contra uma sinagoga em Sófia.

"Gostaria de dizer que estes incidentes são o anormal ou que são apenas o último alento de um preconceito que merece morrer. Mas, tristemente, estamos a assistir à chama de um fogo com séculos de antiguidade que ganha intensidade. O antissemitismo não apenas é forte, como está a tornar-se pior", disse.

O diplomata português denunciou a proliferação de grupos neonazis e como estas formações estão a recrutar membros entre pessoas descontentes, em particular cidadãos com experiência militar.

O chefe da ONU avisou ainda que as ideias de ódio que estas organizações promovem estão a atingir o discurso político geral, tanto em sistemas autoritários como em democracia liberais.
"Vimos no debate sobre a mobilidade humana, que inclui uma série de diatribes vinculando de forma falsa os refugiados e migrantes com o terrorismo e culpando-os de muitos dos problemas das sociedades", assinalou.

Grandes partidos, apontou, estão a incorporar estas ideias nas suas campanhas eleitorais e "partidos antes considerados párias estão a ganhar influência nos governos".

Estas tendências estão a afetar quer judeus quer outros grupos, perseguidos apenas pelo facto de quem são, e com uma rápida propagação na internet e nas redes sociais.

Guterres sublinhou a necessidade de conservar a memória do Holocausto e assegurar que os jovens conheçam esses horrores, e ainda enfrentar "quem dissemina o ódio" e garantir uma "globalização justa" para evitar que a população seja atraída "pelo populismo e pela demagogia".

No ato participaram diversos responsáveis da ONU, incluindo a presidente da Assembleia geral da ONU, María Fernanda Espinosa, e representantes de países liderados pelo embaixador israelita, Danny Danon.

O representante diplomático aproveitou para pedir à comunidade internacional que não permita que um Estado que se referiu em "destruir" Israel desenvolva armas nucleares, numa óbvia referência ao Irão.


Fonte: https://expresso.sapo.pt/internacional/2019-01-28-ONU-emite-sinal-de-alarme-face-ao-ressurgimento-do-antissemitismo#gs.Z8kDMHg8

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