Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



domingo, 3 de março de 2019

Independentistas porto-riquenhos querem verdadeira descolonização



San Juan, (Prensa Latina) Perante o alarde eleitoral do governador anexionista Ricardo Rosselló Nevares de realizar um plebiscito para 2020, o Partido Independentista Porto-riquenho (PIP) defendeu hoje um verdadeiro processo de descolonização da ilha.
O senador Juan Dalmau Ramírez afirmou que, em um momento no qual o Porto Rico enfrenta sua pior crise política, econômica e promovida por um regime antidemocrático e colonial prevalecente, o PIP tem realizado esforços para criar vias de confluência que permitam às forças da descolonização enfrentar conjuntamente o Congresso dos Estados Unidos.

Recordou que com o objetivo de estabelecer uma via de confluência para estabelecer um mecanismo de descolonização, o presidente do PIP, Rubén Berríos Martínez, manteve no ano passado reuniões com o então líder do Partido Popular Democrático (PPD), Héctor Ferrer, e com o governador Rosselló, presidente do Partido Novo Progressista (PNP).

O mecanismo processual preferido do PIP para enfrentar o Congresso dos Estados Unidos com seu dever de descolonizar é uma Assembleia de Status, evadido pelo anexionista PNP, que tem realizado várias consultas com a única intenção de promover uma falsa maioria à plena integração aos EUA .

Isso ocorreu precisamente em junho de 2017, quando se realizou um plebiscito a um custo de 7,2 milhões de dólares através da chamada Lei para a Descolonização Imediata do Porto Rico, da qual participou 23% dos eleitores hábeis, pois foi recusado pela oposição e setores do próprio PNP.

A atual proposta do governador Rosselló de um plebiscito ‘estadidade Sim ou Não’, conduzirá o regime colonial perpetuamente, em opinião do senador Dalmau Ramírez.

Explicou que se a anexação ganhasse por uma pequena margem, como já antecipou a senadora republicana Lisa Murkowski, presidenta do Comitê sobre Porto Rico, isso refletiria que não existe a maioria avassaladora necessária e não aconteceria nada, pois ‘ficaríamos na colônia’, o mesmo que se ganhasse o Não.

‘Pareceria ser que a vocação colonialista de alguns líderes do PNP é uma anexação para os bisnetos e não promover, o que deveria ser, um esforço conjunto para enfrentar os Estados Unidos e que o Congresso federal se expresse sobre a viabilidade, as responsabilidades e consequências de cada uma das opções descolonizadoras’, resumiu o também secretário geral do PIP, social-democrata.

Já a vice-presidenta do PIP, María de Lourdes Santiago, disse que o referendo ‘estadidad sim ou não’ proposto pelo governador Rosselló é um retrocesso na discussão do tema do status do Porto Rico.

Em sua opinião, a consulta conseguiria colocar o Estado Livre Associado (ELA) colonial na lata do lixo, se beneficiando dos votos de todos aqueles que são contra a anexação.

‘Se algo ficou demonstrado durante estes quatro anos é que todo esforço unilateral sobre o status está destinado ao fracasso’, alegou a ex-senadora.

Santiago, atual delegada do PIP perante a Comissão Estatal de Eleições (CEE) do Porto Rico, se mostrou com esperanças que Rosselló Nevares repense e escolha a via do consenso.

Deste modo, podemos atender seriamente o assunto de nossa relação política com os Estados Unidos, que mantém esta ilha do Caribe ocupada militarmente desde 1898, atualmente em bancarrota fiscal com uma dívida pública superior a 70 bilhões de dólares.

A líder independentista recordou que setores amplos concordam em realizar uma consulta entre anexação e alternativas soberanas, excluindo o ELA, estabelecido por Washington em 1952 como um status de governo próprio e que se degradou em meados de 2016, com o reconhecimento de que não tem soberania, contrário ao postulado por décadas na Organização das Nações Unidas.'

Fonte: http://www.patrialatina.com.br/independentistas-porto-riquenhos-querem-verdadeira-descolonizacao/

Nenhum comentário: