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quinta-feira, 11 de abril de 2019

ENTENDI: BIBI VEIO AO BRASIL PARA APRENDER COM BOLSONARO COMO GANHAR A ELEIÇÃO COM PROMESSA DE TRANSFORMAR O PAÍS NUMA CLEROCRACIA

Religiosos ultraortodoxos, ultranacionalistas e a extrema-direita: as opções de Netanyahu para formar Governo





Benjamin Netanyahu e a mulher, Sara, celebram a vitória nas eleições diante de apoiantes, em Telavive
ABIR SULTAN/EPA

Maioria de direita no novo Parlamento de Israel vai permitir ao primeiro-ministro continuar no cargo. Netanyahu não precisa de convite do Presidente: já está a negociar a próxima coligação de governo



Benjamin Netanyahu predispôs-se a um feito histórico e alcançou-o: o atual primeiro-ministro de Israel vai ser reconduzido num quinto mandato, o quarto consecutivo. Após tomar posse, basta aguentar-se no cargo até meados de julho e ultrapassa David Ben-Gurion, fundador do Estado, como o israelita que chefiou o Governo durante mais tempo.

Em nome desse desígnio, Netanyahu correu em duas pistas nas eleições legislativas de terça-feira: enquanto líder do Likud, pugnando pela eleição do maior número possível de deputados, e enquanto membro da fação da direita no Parlamento (Knesset), na esperança que, conferidos os votos, esse bloco fosse maioritário.

Netanyahu ganhou em toda a linha. Com 97% dos votos escrutinados, o Likud segue na frente com 26,27%, seguido de muito perto pela aliança Kahol Lavan (Azul e Branco, de centro), com 25,94%. Entre as duas formações há cerca de 14 mil votos de diferença, num universo de 6,3 milhões de eleitores. No Knesset, ambas vão ter 35 deputados.

Mas o que verdadeiramente contribui para estender a passadeira vermelha a Netanyahu é a maioria alcançada pelo conjunto dos partidos de direita, que elegeram 65 deputados num total de 120.

Ao longo dos seus 70 anos de história, Israel nunca teve um governo de um partido só. A seguir a umas legislativas, negociar uma coligação é pois um procedimento político tão habitual como votar.



De boletim de voto na mão está Hakam Shalom Hakohen, o líder do Shas, um dos partidos religiosos ultraortodoxos no Knesset
De boletim de voto na mão está Hakam Shalom Hakohen, o líder do Shas, um dos partidos religiosos ultraortodoxos no Knesset
DOMINIKA ZARZYCKA / GETTY IMAGES

Os resultados de terça-feira ditaram que os parceiros naturais de Netanyahu na próxima coligação são cinco. À cabeça, os dois partidos religiosos ultraortodoxos (Shas e Judaísmo da Torah Unida), que conseguiram oito lugares cada — no conjunto, passam de 13 para 16 deputados. Por ironia, estes partidos estiveram envolvidos na crise política que levou à antecipação destas eleições em meio ano, quando bateram o pé a uma nova lei que pretendia estender o serviço militar aos homens ultraortodoxos, o que não acontece agora.

Com cinco deputados cada, Yisrael Beitenu e a União dos Partidos de Direita são outros apoios essenciais a Netanyahu. O primeiro — “Israel é o nosso lar” — é liderado pelo ultranacionalista Avigdor Lieberman, que foi ministro da Defesa de Netanyahu entre 2016 e 2018 e bateu com a porta em novembro passado após o primeiro-ministro ter optado por um cessar-fogo com o Hamas em vez de bombardeamentos à Faixa de Gaza, como Lieberman defendia.

Quanto à União dos Partidos de Direita, foi fundada em fevereiro passado e agrupa três partidos da direita e da extrema-direita. Entre eles está o polémico Poder Judeu, que se diz herdeiro ideológico do rabino radical Meir Kahane. O seu líder, Michael Ben-Ari, foi impedido pelo Supremo Tribunal de Israel de se candidatar nestas eleições.

A fechar o leque das hipóteses de coligação de Netanyahu surge o Kulanu, liderado pelo atual ministro das Finanças, Moshe Kahlon. Quando fundou o partido, em 2014, Kahlon definiu-o como “a direita sã”. Nestas eleições perdeu seis deputados, ficando-se pelos quatro.



Avi Gabbay não convenceu enquanto líder dos trabalhistas. O Partido perdeu 12 deputados
Avi Gabbay não convenceu enquanto líder dos trabalhistas. O Partido perdeu 12 deputados
JALAA MAREY / AFP / GETTY IMAGES

Na bancada de centro-esquerda — a real oposição a Netanyahu —, além do Kahol Lavan (35 deputados), vão sentar-se duas coligações árabes: Hadash-Ta’al e Balad-Ra’am, a primeira com seis e a segunda com quatro parlamentares. Em 2015, os quatro partidos concorreram unidos e conseguiram 13 lugares — agora, separados, ficaram-se pelos 10. Na sociedade israelita, os árabes correspondem a 20% da população, mas no Parlamento a sua representatividade não vai agora além dos 8%.

Entre os derrotados destas eleições, o campeão foi o Partido Trabalhista. Outrora a fação dominante na política israelita, durante as primeiras décadas de vida do Estado, perdeu dois terços dos lugares que tinha, passando de 18 para seis. O outro partido de esquerda, o Meretz — membro da Internacional Socialista — também perdeu representatividade, passando de cinco para quatro deputados.

Apurados os votos, cabe ao Presidente de Israel, Reuven Rivlin, convidar a personalidade que considera ter melhores condições para formar governo. Benjamin Netanyahu adiantou-se ao convite e já anda em conversações.

Fonte: https://expresso.pt/internacional/2019-04-10-Religiosos-ultraortodoxos-ultranacionalistas-e-a-extrema-direita-as-opcoes-de-Netanyahu-para-formar-Governo-2#gs.4khn38

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