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sexta-feira, 12 de abril de 2019

JUDEUS EM PALHOÇA



Esta postagem foi motivada pela recente posse, no Ministério da Educação, de Abraham Wajngartner, frestejada pela Confederação Israelita do Brasil/CONIB (Veja http://www.conib.org.br/fabio-wajngarten-e-o-novo-chefe-da-secom-da-presidencia/). 
Veja ainda http://www.conib.org.br/por-que-bolsonaro-escolheu-o-hospital-albert-einstein/ 

Acredito que WAJNGARTNER seja o mesmo que WEINGERTNER e isto me remeteu a uma tradicional família palhocense.

Estudos enfocando a presença de "gente de nação" (descendentes de hebreus) em SC não são muitos. Historiadores abordam com frequência a origem alemã de moradores da região de São José, Palhoça, São Pedro de Alcântara e adjacências, sem cogitar da presença judaica.

Uma família de judeus-alemães, os WEINGARTNER (parece-me que da linhagem asquenaze, ou asquenazi, como preferem outros) - dentre os quais, inclusive, um (REINALDO, o "Bá) foi o 28º prefeito do Município, entre janeiro de 1993 e dezembro de 1996.

Outra família que tenho como de origem hebraica (asquenaze) radicada em Palhoça é a dos STEINMETZ.

Embora eu desconheça se os WEINGARTNER e os STEINMETZ possuem noção de sua judeidade, bem que os membros das duas famílias citadas poderiam patrocinar um estudo de história e genealogia para apurar suas ancestralidades e a de outros descendentes de hebreus que certamente acabaram também migrando para a região.

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* ÉRICO VERÍSSIMO - "Israel em abril" (Edit. Globo/P. Alegre e RJ/1978, ps. 51 e 52) registrou: "A Diáspora produziu dois grupos de judeus, que se definiram com características próprias durante a Idade Média - os sefarditas e os asquenazis. Os primeiros eram descendentes não só dos israelitas que se haviam estabelecido nos reinos e principados surgidos após a queda do Império Romano, como também dos que mais tarde acompanharam as legiões do Islame que invadiram o norte da África, a Espanha e Portugal. (O curioso é que a região que inspirou e impeliu os maoemetanos em sua marca contra o mundo ocidental, era uma espécie de flor exótica brotada do tronco milenar do judaísmo). Tendo conseguido um modus vivendi satisfatório com os mouros que ocupavam quase toda a Península Ibérica, puderam os judeus letrados da Espanha (**) trabalhar em paz, destacando-se como filósofos, linguistas, tradutores, cientistas, médicos, poetas e prosadores, contribuindo assim decisivamente para o esplendor da civilização mourisca na Europa. (...) Foi essa a Idade de Ouro do judaísmo representado então pela tradição sefardita: ritual e ideia religiosos, maneira de pronunciar o hebraico, hábitos de vida, literatura e até indumentária. Sensível foi também a influência dos judeus sefarditas na França e na Itália.

Sorte diferente, porém, tiveram os asquenazis, isto é, os hebreus que após a destruição do segundo Templo buscaram refúgios em terras que mais tarde viriam a formar a Alemanha. O meio - o histórico, não o geográfico, é claro - não lhes propiciou um florescimento cultural como no caso dos sefarditas, que os haviam precedido na emigração para o continente europeu. Na escura noite da Idade Média, o problema mais sérios desses asilados asquenazis foi o de lutar pela sobrevivência não apenas de sua etnia e da sua fé religiosa como também de suas pessoas físicas. Refugiaram-se no Torá, no Talmude e na língua hebraica para escapar a uma cristianização forçada e em massa. E tanto esses judeus asquenazis como os sefarditas sofreram as perseguições mais cruéis promovidas pelos cruzados, no seu fervor agressivamente cristianizante em que se misturavam singularmente misticismo e mercantilismo (...) No século XVI da Era Cristã, a cultura asquenazi se sobrepôs à sefardita e daí por diante passou a representar o judaísmo, tal como o conhecemos hoje em dia. (...)"


E continua o sábio escritor gaúcho a discorrer sobre a história dos judeus na obra aludida, que deixamos de reproduzir na íntegra por razões óbvias de características deste veículo de comunicação.

Não sei se, como em muitos outros lugares do mundo, aqui em SC praticavam o judaísmo (religião) secretamente, apenas aparentando ser católicos, por temor de represálias.

Não tenho notícia de nenhuma sinagoga no Estado de SC.

O surgimento de associação declaradamente israelita em nossa capital é acontecimento recente.

É certo, porém, que algumas lojas maçônicas prestam-se a cultuar alguns costumes e detalhes da história judaica (sem dar ênfase a tal circunstância aos próprios "obreiros", pelo menos nos graus de baixo, mas este é outro aspecto que só os iniciados nas hostes dos "pedreiros-livres" podem observar nos templos e rituais.

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(**) A Espanha já foi chamada "SEFARAD", de onde parece-me derivar o termo SEFARDITA.


























































































































































































































































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