Luciano Macedo foi atingido na ação militar que disparou mais de 80 tiros contra o veículo de Evaldo Rosa
Por MARIA INEZ MAGALHÃES
Publicado às 07h19 de 18/04/2019 - Atualizado às 07h38 de 18/04/2019
Luciano foi atingido pelos tiros disparados pelos militares - Arquivo Pessoal
Rio - Após 11 dias lutando pela vida no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, o catador Luciano Macedo, de 28 anos, morreu. Ele foi baleado na ação do Exército do último dia 7, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, onde morreu também o músico Evaldo Rosa, que teve o carro atingido por 80 tiros disparados pelos militares.
Luciano foi ferido ao tentar ajudar Evaldo e a família dele alvos do ataque do Exército. O músico e os parentes passavam pelo local de carro a caminho de um chá de bebê, quando soldados dispararam contra o veículo onde estavam o filho dele de 7 anos, a mulher, uma amiga e o sogro, que também foi baleado.
O catador passou por uma traqueostomia e cirurgia no pulmão na tarde desta quarta-feira, mas não resistiu. A Justiça determinou duas vezes a transferência do catador para outro hospital, mas nenhuma foi cumprida.
Daiane está sendo assistida pela ONG Rio de Paz - Divulgação / ONG Rio de Paz
O catador deixa a mulher Daiana Horrara, que está grávida de 5 meses. A família está sendo assistida pela ONG Rio de Paz e pelo escritório João Tancredo.
Nove dos 10 militares envolvidos no caso tiveram a prisão temporária convertida em prisão preventiva em audiência de custódia, realizada no último dia 10.
Fonte: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2019/04/5635337-morre-catador-baleado-no-episodio-do-carro-fuzilado-pelo-exercito.html#foto=1
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