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segunda-feira, 22 de abril de 2019

ZELENSKY FAZ DA UCRÂNIA O PRIMEIRO PAÍS FORA DE ISRAEL COM PRIMEIRO-MINISTRO E PRESIDENTE JUDEUS







Após a vitória de Volodymyr Zelensky nas eleições presidenciais da Ucrânia, o país se tornará o único no mundo além de Israel, cujo presidente e primeiro-ministro são ambos judeus. Quando Zelensky for empossado como presidente, seu primeiro-ministro - pelo menos por algum tempo e possivelmente até as eleições parlamentares marcadas para acontecer ainda este ano - será Volodymyr Groysman, um político judeu que era o prefeito da cidade de Vinnytsia. Para alguns dos críticos de Petro Poroshenko, o sucesso esmagador da vaga campanha do politicamente inexperiente Zelensky, um comediante, não surpreendeu à luz do ressentimento generalizado sobre a persistência da corrupção sob Poroshenko, eleito em 2014 em uma plataforma que prometeu ação corretiva exatamente nessa frente. Mais incomum para alguns, no entanto, foi como Zelensky parece ter vencido as eleições tão decididamente, apesar de como sua ascendência judaica - sua mãe, Rima, é judia e ele se refere brincando durante a campanha - é bem conhecida na Ucrânia. Afinal, a Rússia e outros críticos afirmam que a sociedade ucraniana tem um sério problema e legado de antissemitismo. "Imagine, um judeu de sangue puro com a aparência de um protagonista de Sholom Aleichem vencendo por uma avalanche, num país onde a glorificação dos criminosos nazistas é promulgada como lei", escreveu Avigdor Eskin, colunista israelense-russo, em uma análise publicada anteriormente este mês pela agência de notícias Regnum. Eskin na coluna sobre Zelensky subestimou as alegações de antissemitismo generalizado na Ucrânia, atribuindo grande parte da atenção ao problema na mídia e além à propaganda da Rússia, que está envolvida em um conflito armado sobre território com a Ucrânia. Mas a declaração de Eskin sobre as leis ucranianas que glorificam os criminosos nazistas não é imprecisa, e a Rússia não está sozinha em criticar a Ucrânia por essa e outras questões ligadas ao antissemitismo. No ano passado, o governo de Israel destacou a Ucrânia como um ponto problemático regional no relatório anual do governo israelense sobre o antissemitismo.
 

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