“Uma empresa de coronéis para fraudar o governo”, diz deputado sobre caso Akira Sato
Deputado Ivan Naatz diz que ouviu de pessoas da Polícia Civil que o delegado que está investigando o caso esta muito próximo de pessoas do governo e que estariam praticando fraudes
KARINA MANARIN02/10/2021 ÀS 11H09 - Atualizado Há 2 dias
A saída do delegado Akira Sato da Delegacia Geral da Polícia Civil 15 dias após ter assumido o cargo e os motivos apontados para o fato podem culminar em mais uma CPI na Assembleia Legislativa contra o Governo de Carlos Moisés da Silva. O deputado Ivan Naatz, do PL, adiantou na manhã deste sábado que vai apresentar requerimento na terça-feira, para que o delegado compareça ao Legislativo e explique os motivos pelos quais deixou o cargo.
Akira Sato cumprimenta Carlos Moisés em evento em Joinville, no dia 17, quando assumiu o cargo – Foto: Julio Cavalheiro/Divulgação/ND
A informação inicial é que o delegado não teria concordado em afastar delegados que investigam suposto esquema de fraude no Governo do Estado. Tanto o deputado Ivan naatz quanto Kennedy Nunes, do PTB, admitem a possibilidade de solicitar uma CPI para investigar o caso.
“Eu conversei com alguns delegados do DIC pessoas da Polícia Civil e há informação que o delegado que está investigando o caso esta muito próximo de pessoas do governo, coronéis, uma empresa de coronéis que teria se organizado dentro do palácio do governo para fazer licitações fraudulentas”, informou o deputado Ivan Naatz ao blog.
Ele disse ainda que o suposto esquema estaria acontecendo na compra de software. “ O que me informaram é que esse software que compraram é encontrado no mercado por R$ 4 a R$ 7 mil mas pagaram R$ 497 mil”, adiantou o deputado Naatz.
O deputado informou ainda que conforme o regimento da Assembleia, somente secretários podem ser convocados.
”Na terça-feira, na abertura do expediente vamos colher assinaturas para convidar. Pelo regimento a Assembleia só poderia convocar secretários. Não sabemos se ainda está secretário ou foi de fato exonerado, mas ele pode ser convidado e se for o caso chamamos um novo delegado que ocupa a posição para explicar a situação”, concluiu Naatz.
O governo de Santa Catarina não se pronunciou oficialmente sobre a saída do delegado Akira Sato, que aconteceu na tarde desta sexta-feira.
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