Favorito no Chile, Boric quer acabar com aposentadoria privada defendida por Guedes e que levou milhares à miséria
- 4 de outubro de 2021
O jovem esquerdista Gabriel Boric, do Partido Convergencia Social, está à frente nas pesquisas para vencer a eleição presidencial no Chile. O pleito acontece em 21 novembro.
Boric vai enfrentar o economista Sebastián Sichel, 43, candidato da coalizão que apoia o atual presidente Sebastian Piñera.
Boric promete, se eleito, levar Piñera aos tribunais por violações aos direitos humanos após a repressão aos protestos de 2019. Elas foram considerados as maiores manifestações da História do país.
— O senhor Piñera está avisado, será processado pelas graves violações dos direitos humanos — disse o deputado e ex-líder estudantil de 35 anos.
Paulo Guedes, flagrado aqui no Brasil usando as prerrogativas de ministro da Economia para defender recursos seus e de outros membros da elite em paraísos fiscais também é contestado no país vizinho.
Caso eleito, Boric promete pôr fim a um dos maiores problemas sociais do Chile: os planos de previdência privados, construídos com a ajuda de Guedes, e que levaram a população de terceira idade à condição de absoluta miséria.
Além de mediar a forte crise social e política do país, o próximo presidente do Chile terá a missão de acomodar questões social, política, institucional, sanitária e econômica a partir da implementação das normas da nova Constituição que está sendo redigida.
“Não tenham medo da juventude para mudar este país”, afirma Boric, que se tornou conhecido nas manifestações populares de 2019.
Gabriel Doric gosta de usar uma citação de Salvador Allende
“Grandes alamedas se abrirão, por onde passem o homem e a mulher livres para construir uma sociedade melhor”, costuma dizer o líder nas pesquisas, usando um pensanento de Allende.
Nesta segunda, no embalo do escândalo Pandora Papers, que envolve Paulo Guedes e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, Doric compartilhou uma informação dando conta de que Pinera, atual mandatário número 1 do Chile, também tem offshore no paraíso fiscal das Ilhas Virgens.
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