O nome atribuído à nossa nação - Brasil, vinculado a uma espécie vegetal que os íncolas conheciam pelos nomes de arabutã, ibirapiranga, ibirapitá, ibirapitanga, arabutã, pau-de-tinta, pau-pernambuco e pau-rosado, - está a mostrar-se, como nunca, tão adequado quanto nestes tempos de ânimos exacerbados pela economia decadente, pela política radicalizada, pela entrega das riquezas nacionais a interesses estrangeiros, pelos atos maldosos de boa parte do Judiciário e pelo comportamento debochado dos fardados.
Efetivamente, no braseiro que chamamos Brasil, estamos presenciando, quase passivamente - exceção feita aos embates midiáticos - a queima de imagens políticas (Executivos e Legislativo), assim como do Judiciário, notadamente dos integrantes da denominada Lavajato, a qual foi desnudada e exposta, sob o merecido epíteto de Farsajato.
Entrementes, as negociatas se sucedem e nossas riquezas (minerais, entre tantas outras), queimadas a preço vil, estão indo parar sob o domínio estrangeiro, sempre ganancioso, com a colaboração decisiva de traidores dos interesses nacionais, dentre eles Bolsonaro e Sérgio Moro e grande número de generais.
Torram-se, ainda, direitos sociais conquistados pelos trabalhadores, cujos salários estão aviltados, diante da perda de poder aquisitivo da nossa moeda (que foi de 1 x 1 para quase 6 x 1), em comparação com o dólar norte-americano.
Derrubou-se a presidente Dilma, fez-se cinza do devido processo legal e ela sequer foi julgada.
Golpeou-se-a e entronizou-se o vampiro Temer, que cuidou de bagunçar tudo e entregou o governo, de mãos beijadas, para um ex-deputado inepto, mentiroso, intriguento e que só fomenta desavenças, tornando escaldante o clima político em todo o país, não bastasse o estímulo que deu para que se incendiasse a Amazônia e o Pantanal.
Tenta-se marcar a ferro quente, com a pecha de ladrão, o ex-presidente Lula, que o STF - à míngua de provas convincentes e capazes de justificar condenações impostas nas instâncias de baixo - não aceitou fosse assim rotulado.
Os procedimentos escabrosos, montados pela turma gananciosa e nada escrupulosa que integra o MPF, em Curitiba, em conluio com Sérgio Moro (o pato) e os "patetas", como foram rotulados desembargadores do TRF-4, expuseram a falta de imparcialidade do Judiciário - que estava mordido porque Dilma negou o aumento de 70% que postulava - queimando-se a imagem do Poder, que passou a ser visto como não confiável, tanto por um lado, como pelo outro.
A imagem das Forças Armadas também não escapou da fogueira, sendo revelados atos de corrupção, incompetência grotesca e de gastos desmedidos com diversos itens de alimentação (picanha e vinhos caros, dentre eles), de sorte que o povo pode aquilitar o quanto de inúteis, e desrespeitosos com os cofres da nação, são os que vestem verde-oliva que falam, debochadamente, em "pátria amada, Brasil".
Em suma: o país, que detinha um honroso 6º lugar entre as economias do mundo, viu-se, ladeira abaixo, escorregar para o Inferno, sem passar pelo purgatório, vendo-se nosso povo lançado na fogueira da fome e da miséria, ao ponto de disputar ossos de açougues e pés de galinha, ao mesmo tempo em que a "familícia Bolsonaro", assim como seus sabujos apaniguados, estouram os cartões corporativos, torrando dinheiro público, sem que os órgãos de defesa dos interesses coletivos incumbam-se de jogar água esfriar e aplacar os ímpetos perdulários de quem se acostumou, até mesmo, a abocanhar salários de assessores.
Na verdade, sob um presidente que, já na sua campanha, declarava-se, abusadamente, adepto da tortura (o que lembra Inquisição, fogueiras, etc...), não seria razoável esperar-se outra situação que a do Brasil virar cinzas e se o "capetão" for defenestrado, quem assumir certamente terá muito e penoso trabalho para fazer o rescaldo dessa fogueira que aí está, de modo a recuperar a nossa imagem lá fora, crestada até as últimas consequências por esse bizarro que ocupa o Palácio, fazendo pose de homem simples, para enganar incautos.
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