- (...) Coqueiros era uma delícia e um encantamento sempre renovado: não sofrera, naquele tempo, como agora, o mal de ser uma praia de verão e de luxo catita.
As hordas elegantes ainda não haviam expulsado, com vagar, método e bangalôs , das suas velhas moradas, os velhos nativos.
Os ranchos dos pescadores, num risco lento e macio de praia, e cujos dramas interiores eu ainda desconhecia, ou as casuchas dos velhos jornaleiros, entre árvores de altas frondes, davam à paisagem uma beleza simples e natural em que a alma gostava de repousar.Sob uma grande tranquilidade e uma fina radiância, a vida das pessoas corria sem pressas e sem cuidados: as redes saíam de manhã para o mar: as cigarras cantavam e o fumo que subia dos casais, branco e sereno, punha uma espalhada certeza de felicidade e paz doméstica - OTHON D’EÇA - Homens e algas - Edits. INSULAR, da UFSC e FUND. FRANKLIN CASCAES - Fpolis-SC/2003, p. 15.
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