Quando Bolsonaro e Mourão - ainda candidatos - proclamaram-se adeptos da tortura e fã do torturador Ustra, sinalizaram que fariam um governo fundado no temor.
E estão cumprindo. Temem as pessoas o "comunismo" (mesmo sem saber do que se trata), pela perda de suas propriedades, supostamente ameaçadas pelo PT e outros partidos de esquerda, pela perda dos empregos, pela fome, pelos excessos das Polícias, pelo descaso com a saúde, pela destruição do meio ambiente (que ameaça as gerações atuais e futuras), pela perda do poder aquisitivo, pela quimera religiosa que Bolsonaro e seus sequazes apregoam, chamada inferno, etc...
O eminente historiador EDWARD GIBBON - Declínio e queda do Império Romano - Edit. Schwarcz Ltda - SP/2005, p. 581, já disse, com sobras de razão, que o temor é o primeiro princípio de um governo despótico.
Ouso acrescentar que o temor é também a arma que aterroriza os ingênuos crentes e os faz se despojarem dos seus salários e até de suas propriedades, em favor de pastores, padres, bispos e outros embusteiros que se dizem representantes de deus.
O que há de mais pernicioso na face da terra é a aliança mal intencionada do "trono" (governo) com o "altar" (religião).
Ela é efetiva, no caso desse (des)governo fascista, que só sabe suprimir direitos conquistados, eliminar expectativas alvissareiras, desanimar as pessoas quanto à segurança de um futuro promissor, puxar o país para baixo, mantendo-o submisso e dependente das denominadas "potências".
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