Livro derruba toda a argumentação
cristã sobre o "filho de Deus"
Além de a Bíblia não servir como prova da existência de Jesus há mais de 2.000 anos, não há nenhum indício histórico de que esse personagem tenha sido real, de que tenha sido um judeu radical do Palestina do século 1º.
Esse é o eixo do recém-lançado livro There was no Jesus, there is no God (“Não existe Jesus, Deus não Existe”), de Raphael Lataster (na foto abaixo), estudioso secular de religião da Universidade de Sydney, na Austrália.
A rigor, nas afirmações do título do livro não há nada de novo do ponto de vista ateísta, mas o diferencial do livro é a maneira contundente e embasada como derruba a "verdade" cristã.
Lataster disse em uma entrevista que escreveu o livro para rebater o que ele chama de “novos teólogos”, como William L. Craig, oferecendo, ao mesmo tempo, argumentos filosóficos aos céticos para fundamentar a sua descrença em divindades.
O livro, em sua primeira parte, desconstrói as fontes utilizadas pelo cristianismo que se referem à existência de Jesus. Lataster considerou como espúrios os métodos empregados por estudiosos bíblicos. Afirmou, por exemplo, que, para um leitor atento e crítico, a abordagem de são Paulo retrata um messias apenas mítico, embora ela seja usada por religiosos como “prova” do Jesus histórico.
Hélio Schwartsman, da Folha de S.Paulo, elogiou o livro pelo seu tom persuasivo em mostrar que não há a menor probabilidade de o Jesus ter existido. Isto porque, escreveu o jornalista, nenhuma fonte contemporânea da época de Jesus corroborou a sua existência.
Lataster: cristianismo
não fornece provas
“Autores que teriam tido motivos para citar Jesus, como Filo de Alexandria, não o mencionam”, escreveu. “E os Evangelhos são todos obras anônimas, com objetivos apologéticos e o mais antigo deles, o de Marcos, só foi escrito quatro décadas após a suposta crucificação.”
Na segunda parte do livro, Lataster defendeu que, diante de tanta inconsistência cristã, que se ao menos se use o bom senso do Teorema de Bayes.
Trata-se de um método estatístico que relaciona incertezas e quantidades (de qualquer coisa) invisíveis, determinando probabilidades. Pelo método, observou Schwartsman, a possibilidade de ter havido Jesus é a mesma de ter existido Zeus, Odin ou Shiva.
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