O compositor e guitarrista Lou Reed, que morreu neste domingo aos 71 anos, nasceu Lewis Allan Reed em uma família judia de classe média no Brooklyn, EUA. Ele foi o principal compositor da banda Velvet Underground e o maior poeta punk do rock. Tornou-se famoso por canções como "Walk on the Wild Side".
“Pegue um punhado de atitude nova-iorquina, junte outra pitada de humor, ironia e sarcasmo; misture com a memória do Holocausto e acrescente política de esquerda e justiça social; atice descontentamento juvenil, status de outsider e rejeição dos pais e dos valores da sociedade, e você terá os ingredientes de um movimento. No início dos anos 1970, sua expressão musical se transformou no punk”. Essa é uma breve história do punk, escrita por Bonnie Rosenstock, no site The Villager.
De acordo com Steven Lee Beeber, em seu livro "A Secret History of Jewish Punk” [A História Secreta do Punk Judaico, sem edição em português], o punk foi o "mais judaico dos movimentos do rock", promovido por Reed junto com artistas de origens semelhantes, como Joey e Tommy Ramone , Jonathan Richman , o guitarrista de Patti Smith, Lenny Kaye, entre outros.
Escrevendo sobre o fenômeno, o escritor Saul Austerlitz sugeriu que "o novo judeu do punk foi inspirado em partes iguais pelos guerreiros do Exército de Israel, os super-heróis de histórias em quadrinhos, escritas por uma geração anterior de artistas judeus , e uma repulsa instintiva aos excessos musicais contemporâneos".
"A atitude nova-iorquina é na verdade uma atitude judaica", observou sobre o tema a jornalista judia Susan Blond, que trabalhou com Andy Warhol na revista Interview. "A cultura judaica é um impulso em direção à escolaridade e à escrita".
"Esta é uma cidade da música", acrescenta Danny Fields, ex-produtor do Ramones." O que os judeus vão fazer? Construir carros? Isso fica para os não judeus. Os judeus entretêm. A Broadway é judaica, e as pessoas que criaram Hollywood nos anos 1920 eram judeus".
Fonte: COISAS JUDAICAS
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