Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quarta-feira, 7 de maio de 2014

Caso Malhães: confissão de caseiro gera debate entre polícia e Comissão da Verdade


Enquanto entidade diz que suspeito negou ter participado do crime, delegados reafirmam depoimento de Rogério Pires
Presidente da entidade, Wadih Damous, e mais três senadores ouviram suspeito, que segundo a polícia admitiu ter participado da ação

CHICO OTAVIO (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
Publicado:6/05/14 - 10h39
Atualizado:6/05/14 - 14h50


Senadores da Comissão de Direitos Humanos do Senado deixam a Delegacia no Leblon, após encontro com o caseiro acusado de matar Paulo Malhães Gustavo Miranda/O Globo


RIO - A visita da Comissão da Verdade e de três parlamentares nesta terça-feira ao caseiro Rogério Pires, único suspeito preso pela morte do tenente-coronel Paulo Malhães, gerou novas controvérsias sobre o caso. Convencidos de que a versão oficial dada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre o crime contra o homem que confessou ter torturado presos políticos durante a ditadura militar, deixa falhas em sua investigação, o presidente da Comissão da Verdade do Estado do Rio, Wadih Damous e três senadores - Ana Rita (PT-ES), João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) - foram nesta terça-feira à Delegacia Anti-Sequestro (DAS), no Leblon, zona sul do Rio, onde está preso Rogério Pires. Segundo eles - que chegaram a ser impedidos de falar com o detento a princípio -, Pires negou ter confessado participação no crime como alega a polícia, e que sua abordagem pelos policiais na delegacia foi feita sem a presença de um advogado no dia da prisão. O caseiro, que diz ser analfabeto, ainda contou à comissão que reconheceu o irmão por uma tatuagem. E que durante o período em que os assaltantes ficaram na casa fizeram uma ligação para uma pessoa ir buscá-los.

A comissão composta por Damous e os três parlamentares se reuniu no início da tarde com o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, e os delegados do departamento de Homícidios da Baixada Fluminense, Pedro Medina (chefe), William Pena Junior (responsável pelo inquérito) e Marcos Castro. Eles reafirmaram a confissão do caseiro Rogério Pires, dada, segundo eles, em três depoimentos, e disseram não ver qualquer ilegalidade no fato de o principal suspeito não ter sido acompanhado por um advogado ou defensor público. Os delegados não quiseram dar mais detalhes sobre as investigações.

A senadora Ana Rita, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, disse que Veloso garantiu que nenhuma hipótese sobre a morte do coronel reformado está sendo descartada, mas que não poderia dar detalhes, já que o caso corre em segredo de justiça.

Segundo a Polícia Civil, o caseiro Rogério Pires confessou ter arquitetado o ataque ao sítio, com o objetivo de roubar armas. Malhães acabou morrendo no ataque, em circunstâncias ainda não completamente esclarecidas. Informações preliminares da guia de sepultamento indicam que ele sofreu embolia pulmonar - o que pode indicar um infarto que teria ocorrido enquanto ele estava em poder do grupo que atacou o sítio.

- Viemos aqui saber qual a real participação do caseiro no caso - afirmou Damous, que ao deixar a delegacia confirmou que Pires continua sem advogado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/

Nenhum comentário: