O ateismo prospera porque as mentiras e a ganância das organizações religiosas tornaram insustentáveis as fantasiosas pregações de padres, pastores e muitos outros clérigos.
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Para papa Paulo VI, movimento
anti-Deus era o mais pernicioso
O site Jesuit Restoration 1814 defendeu a retomada da missão dada pelo papa Paulo VI (foto) à Companhia de Jesus de lutar contra o ateísmo.
O papa deu essa incumbência aos jesuítas durante a 31ª Congregação Geral da Companhia de Jesus, em 7 de maio de 1965.
O site afirmou que, naquela época, de guerra fria, o ateísmo estava dominado pela luta política, ideológica e global
“[Mas agora] um novo ateísmo surgiu, com força, com um sabor científico e desprezo pela religião muito fortes”, disse. “Os ataques terroristas de 11 de setembro mudaram os termos de referência.”
O nome do site se refere à “restauração” da Companhia de Jesus pelo papa Pio VII em 1814, após, segundo o ponto de vista dos jesuítas, 41 anos de perseguição.
A Companhia de Jesus foi fundada em 1534 por estudantes da Universidade de Paris, sob a liderança do basco basco Íñigo López de Loyola, que depois ficaria conhecido como Inácio de Loyola.
Os jesuítas eram tidos como a linha de frente da Reforma Católica (também chamada de Contrareforma). Atuam principalmente na catequização e educação.
Tornaram-se tão influentes politicamente, em vários países, que passaram a ser combatidos por forças do jogo do poder, inclusive dentro da própria Igreja Católica.
Eles chegaram ao Brasil em 1549 e foram expulsos em 1760 pelo marquês de Pombal.
O redator do Jesuit Restoration afirmou que, como jesuíta britânico, estar consciente “de que nós (como nação) somos responsáveis pela exportação de uma grande quantidade de novos ateístas, por meio de raivosos locutores, como Richard Dawkins, Christopher Hitchens etc”.
Ele concluiu que, embora o comunismo tenha fracassado, “parece que essa missão dada pelo papa [Paulo VI] é de longo prazo. Talvez seja a missão mais importante dada à Companhia restaurada”.
Francisco é o primeiro papa jesuíta da história.
O site da Companhia de Jesus transcreveu o trecho do discurso de Paulo VI onde o papa “lançou o desafio de combater o ateísmo”, conforme segue abaixo.
Paulo VI: “Ateísmo se espalha sob muitas formas”
"Temos o prazer de aproveitar esta oportunidade para insistir seriamente, mesmo que brevemente, sobre um assunto de grande importância: nos referimos ao temeroso perigo do ateísmo que ameaça a sociedade humana. Não é necessário dizer que este não se mostra sempre da mesma maneira, mas avança e se espalha sob muitas formas. Dessas, o movimento anti-Deus está claramente a ser considerado o mais pernicioso: não contente com uma negação profunda da existência de Deus, esse movimento violento contra Deus ataca o teísmo, visando a extirpação do sentido da religião e de tudo o que é bom e sagrado. Há também o ateísmo filosófico que nega a existência de Deus ou sustenta que Deus é incognoscível, o ateísmo hedonista, o ateísmo que rejeita toda adoração e honra religiosas, imputando-as como supersticiosas, inúteis e cansativas para reverenciar e servir o Criador de todos nós ou para obedecer à Sua lei. Seus adeptos vivem sem Cristo, sem esperança da promessa e sem Deus neste mundo. Este é o ateísmo que se espalha hoje, aberta ou veladamente, muitas vezes disfarçado de progresso cultural, científico ou social. É uma característica especial da Companhia de Jesus ser paladina da Igreja e da santa religião na adversidade. Para ela, damos o encargo de posicionar-se de forma intrépida e unida contra o ateísmo ... Vocês vão realizá-lo com maior prontidão e entusiasmo se tiverem em mente que esse trabalho em que vocês estão agora empenhados e que vocês vão aplicar-se no futuro com renovado vigor não é algo arbitrariamente tomado por vocês, mas uma tarefa solene que lhes foi confiada pela Igreja e pelo Sumo Pontífice."
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