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Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

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segunda-feira, 2 de março de 2015

Separatismo no sul

Correm notícias de que os separatistas de "O sul é o meu país" e afins estariam, hoje, com maior apoio popular que nunca.
Particularmente, embora tenha nascido e vivido sempre na Ilha de SC, nunca compactuarei com iniciativa tão funesta.
Dividir para dominar é uma velha máxima. 
A quem interessa, efetivamente, ver o Brasil fatiado?
Fizeram o mesmo no Oriente Médio, na Rússia, na Alemanha, estimulando nacionalismos, bairrismos, etc...
Não consigo vislumbrar a menor vantagem para nós, muito menos para o país como um todo.
Depois, iriam querer separar a Amazônia, o centro-sul, etc...E depois de separar, "dá o bicho" para reunificar. O Putin está enfrentando uma verdadeira guerra por querer restabelecer a antiga URSS. O ocidente não quer que isto aconteça. 
Os povos se endividariam (já imaginaram a construção de cada nova Capital,  dentre outras despesas de vulto?) para reestruturar tudo e só um setor da economia lucraria de fato: os banqueiros, que seriam convidados a financiar as despesas. 
Já começaríamos com uma dívida monumental, da qual jamais nos livraríamos. Nem é bom pensarmos em tal absurdo. 
Os governantes passam, o povo, por bem, ou por mal, sempre os defenestra.
O que se precisa é refletir melhor na hora de votar. 
Partido que, ao subir ao poder, faz um monte de sujeiras, não merece ser reconduzido à administração, em qualquer nível. É a melhor lição que se pode dar às suas cúpulas (isto porque as bases são manipuladas, salvo poucas exceções). São as lideranças partidárias as verdadeiras culpadas por tudo de ruim que acontece no país, pouco importando em que partido pensemos. 

E, por falar em partidos, estamos precisando, urgentemente, de um partido efetivamente nacionalista, que defenda os interesses da pátria, mas sem enveredar pela xenofobia. Tamanho e riquezas temos de sobra, cumprindo defender a unidade territorial, bem como não permitir os seguidos e escandalosos crimes de lesa-pátria que nossos governantes não se cansam de praticar.

Ao invés de racharmos o Brasil, mais adequado seria começar:
- diminuindo drasticamente a carga tributária, que assusta investidores e sacrifica o povo, destinatário final dos produtos, para quem todo "sacrifício empresarial" é repassado;
- revisando, criteriosamente, a dívida pública; que tal criarmos uma "Comissão da Verdade" para destrinchar e dívida pública, expor-lhe as vísceras?
- isentando salários, proventos de aposentadoria e pensões de imposto de renda;
- retomando as minas (inclusive de minerais estratégicos) que nos foram tomadas, na mão grande, por grupos estrangeiros; a Vale do Rio Doce, que era dita deficitária, por exemplo, revelou-se, num átimo, logo após a privatização, um "filé", como dizem os vendedores de carros usados;
- retomando as terras que foram alienadas a grupos estrangeiros a preço de banana e disciplinando pra valer a matéria;
- fortalecendo a Previdência pública;
- reestruturando a saúde pública;
- reestatizando as grandes empresas do setor elétrico e de telefonia;
- construindo ferrovias e portos e reestatizando as rodovias;
- investindo maciçamente em educação, notadamente na remuneração digna de professores e de outros profissionais da área;
- incentivando a pesquisa científica, com o pagamento de salários dignos para os pesquisadores.
- instituindo uma cláusula pétrea de inalienabilidade da PETROBRAS, na Constituição Federal;
- fortalecendo os bancos públicos e reestatizando os bancos estaduais que foram entregues aos bandidos de fora;
- impedindo que companhias transnacionais tomem posse das águas do país, como vem fazendo a Nestlé, em MG, isto porque água,a curtíssimo prazo, valerá muito mais que ouro e petróleo.

Só para exemplificar. 

O país está mostrando agora - afora os efeitos perniciosos da roubalheira que está aflorando e que não foi praticada somente por petistas, obviamente - os efeitos da política dos entreguistas que começaram as privatizações e os que deram  continuação a elas; e nem se pense que só após a "democratização do país" isto começou a acontecer; quem se der ao trabalho de rastrear na legislação da época do militarismo os diplomas que dizem respeito ao patrimônio público nacional, verá que as forças armadas possuem responsabilidade significativa na entrega das nossas riquezas.

Logo, separar o sul do restante do país, na esperança de que tudo se ajeitará, é, no mínimo demonstração perfeita e acabada de ingenuidade.

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