O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores. O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão.
Os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pactual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, além da gigante da alimentação BR Foods são investigados por suspeita de negociar ou pagar propina para apagar débitos com a Receita Federal no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Na relação das empresas listadas na Operação Zelotes também constam Petrobras, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio.
"Aqui no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) só os pequenos devedores pagam. Os grandes, não"
resumiu um ex-conselheiro do Carf, com cargo até 2013, numa conversa interceptada com autorização da Justiça, segundo relato dos investigadores. Procuradas pela reportagem, a maioria das empresas informou não ter conhecimento do assunto.
A fórmula para fazer o débito desaparecer era o pagamento de suborno a integrantes do órgão, espécie de "tribunal" da Receita, para que produzissem pareceres favoráveis aos contribuintes nos julgamentos de recursos dos débitos fiscais ou tomassem providências como pedir vistas de processos.
O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores.O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão.
O Grupo RBS informou que "desconhece a investigação e nega qualquer irregularidade em suas relações com a Receita Federal". A Gerdau afirmou que não foi contatada por nenhuma autoridade pública a respeito da Operação Zelotes. "A empresa reitera que possui rigorosos padrões éticos na condução de seus pleitos junto aos órgãos públicos", informou, por meio de nota.
O banco Safra, que tem dívidas em discussão de R$ 767 milhões, teria sido flagrado negociando o cancelamento dos débitos.
Estão sob suspeita, ainda, processos envolvendo débitos do Bradesco e da Bradesco Seguros no valor de R$ 2,7 bilhões; do Santander (R$ 3,3 bilhões) e do Bank Boston (R$ 106 milhões).
A Petrobras também está entre as empresas investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de R$ 53 milhões são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.
Outro lado Os casos apurados na Zelotes foram relatados no Carf entre 2005 e 2015. A força-tarefa ainda está na fase de investigação dos fatos. A lista das empresas pode diminuir ou aumentar. Isso não significa uma condenação antecipada.
A Camargo Corrêa é suspeita de aderir ao esquema para cancelar ou reduzir débitos fiscais de R$ 668 milhões. Também estão sendo investigados débitos do Banco Pactual e da BR Foods.
A empresas citadas foram procuradas pela reportagem. . O Bradesco e a seguradora especializada em saúde do grupo Bradesco Seguros informaram, por meio de nota, que não comentam assuntos sob investigação das autoridades judiciais.
O banco BTG Pactual, sucessor do antigo banco Pactual, também afirmou, via assessoria, que não comentaria. Entre as instituições financeiras, Santander e Banco Safra foram procurados, mas não se manifestaram. O BankBoston não foi encontrado.
A Embraer afirmou que não tem nenhuma informação a respeito do assunto. A Camargo Corrêa também informou desconhecer "informações suscitadas pela reportagem". A Petrobras não quis se pronunciar, da mesma forma que a concessionária Light, do Rio de Janeiro. A Copersucar disse que desconhece o teor das informações e reitera que cumpre rigorosamente com todas as normas e legislação vigente.
BR Foods, Mitsubishi MMC, Ford Indústria, Cervejaria Petrópolis, Évora, Marcopolo, Nardini Agroindustrial foram procurados mas não responderam até o fechamento desta edição. A reportagem não conseguiu localizar Ometto, Viação Vale do Ribeira, Via Concessões, Dascan, Holdenn, Kanebo Silk e Cimento Penha e CF Prestadora de Serviços. A reportagem não conseguiu identificar com segurança quem são Carlos Alberto Mansur e Newton Cardoso.
A denuncia é do jornal O Estado de SP
Fonte: CANGABLOG
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QUERO VER O QUE DIRÃO OS COLEGUINHAS MOACIR PEREIRA e CACAU MENEZES sobre as imputações qwue estão sendo feitas ao grupo dos Sirotsky.
O grupo BR-FOODS, mencionado acima, é o que assumiu o controle da SADIA e PERDIGÃO, em curto espaço de tempo.
Mas, uma coisa é descobrir-se as sacanagens. Outra, muito diferente e remota, é punir os responsáveis.
PODEM APOSTAR QUE, SE FOR APURADO ALGUM CRIME DOS GRANDES GRUPOS GAÚCHOS E DO SISTEMA FINANCEIRO, SEUS DIRIGENTES SERÃO BENEFICIADOS PELA SUPERVENIÊNCIA DE PRESCRIÇÃO, COMO ACONTECEU COM OS ENVOLVIDOS NA OPERAÇÃO MOEDA VERDE. NINGUÉM DO JUDICIÁRIO É RESPONSABILIZADO POR OCORRÊNCIAS DA ESPÉCIE E OS GRANDES SAFAM-SE, EM REGRA, DOS RIGORES DA LEI PENAL.
SÓ "PRETO, PUTA E POBRE" PEGAM CADEIA PRA VALER.
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