Um senhor de engenho, desesperado de tanto depravamento e corrupção, colocou-se em meio da rua Nova, em Olinda, exclamando em altas vozes: “Aonde estão os irmãos da Santa Casa de Misericordia, tão zelosos das obras de caridade e do serviço de Deus? Venhão aqui para darem sepultura á Justiça, que morreu nesta terra, e não ha quem a enterre honradamente”.
De fato, acrescentava frei Manoel Calado, os ministros da justiça traziam as varas muito delgadas: “como lhe punham os delinqüentes nas pontas quatro caixas de assucar logo dobravam...”. (português da época)
PAULO PRADO - Retrato do Brasil (1928), dando notícias sobre o século XVI.
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