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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Sobre espírito de corporação de certas instituições que se nos afiguram praticamente inúteis e dispendiosas

Examinando a vida e obra de OLIVEIRA LIMA, em prólogo à obra  Formação histórica da nacionalidade brasileira, datado de 1911, JOSÉ VERÍSSIMO acentuou, com muita perspicácia: 

É certamente um sinal de superioridade de alma esse desapego do suposto espírito de corporação, esse desprezo pelas vulgares camaradagens de classe. 

Só os medíocres e os interesseiros se agarram, na expectativa egoística de proventos pessoais, aos manipanços da grei. 

O Sr. Oliveira Lima preferiu honrosamente servir seu país e elevar a própria classe, desafiando-lhe os preconceitos e se esforçando por indicar os meios de reformá-la, a fim de salvá-la da crítica de inutilidade dispendiosa, com que a oprimem – com alguma razão – quase todos os brasileiros.

Fonte: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/568037/000970496_Formacao_historica_nacionalidade_brasileira.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Examinando o que acontece no governo Bolsonaro, com o Exército e outras categorias (inclusive com o Judiciário), parece que as lições de José Veríssimo são mais atuais do que no passado, até. 

Lutam por privilégios (inclusive penduricalhos salariais imunes à incidência de Imposto de Renda) e conseguem ser tratados diferenciadamente, embora a Constituição Federal afirme que "todos são iguais perante a lei". Ou seja, fazem da Carta Magna letra morta, que só os menos favorecidos pela sorte devem respeitar. 

O autor do aludido prólogo refere "o amor da pátria não movido de prêmio vil" (Camões), o que, ao contrário, é o que mais se vislumbra nesses patriotas de fancaria que vestem camisas com as cores da bandeira nacional, ao mesmo tempo em que leiloam, a preços ridículos, de tão irrisórios, as mais significativas riquezas nacionais, dentre elas as reservas de petróleo. 

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