Precisamos acautelar-nos - ante o uso rotineiro, com sentido de coisa ruim, repugnante, desprezível, de tudo que diga respeito à Alemanha, por força do fenômeno político do nazismo, da mesma forma como, de outro lado, pensa-se em relação ao que vem da China - com rótulos, ideias preconcebidas.
Já antes de 1889 (quando veio a falecer), o ilustre brasileiro TOBIAS BARRETO (em texto intitulado Auerbach e Victor Hugo) chamava a atenção dos seus leitores para a importância da cultura e mentalidade germânicas e nós, que tivemos a felicidade de receber, em várias partes do território nacional, o afluxo de colonos vindos da Alemanha, não podemos enveredar pelo antigermanismo impensado, até em respeito à grande contribuição que tais colonos deram à nossa nação, aqui em SC desde os idos de 1827, aproximadamente.
Muitos vêm, erradamente, é claro, todos os alemães como expoentes, ou, no mínimo, simpatizantes, da doutrina do nacional-socialismo, (que Adolf Hitler implementou, com repercussões as mais variadas, nos campos político, econômico e social e, assim vislumbrando os de origem germânica), tendem a antipatizar-se, generalizadamente, por essa gente que tem, dentre outros atributos apreciáveis e louváveis, uma imensa capacidade de trabalho e criatividade.
Não proponho que se tolere os destemperos dos fanáticos do germanismo, mas que se aprenda a conviver com o lado bom daqueles que, trazendo nas veias o sangue germânico, primam pelo capricho e pela operosidade, qualidades que devemos copiar e cultuar, se quisermos, algum dia, ver-nos reconhecidos como um povo respeitável e de futuro promissor.
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