EM SP
Atos contra cartel têm tentativas de
invadir Assembleia e Câmara em SP
No Centro, grupo tentou derrubar grade e revidou ação da PM na Câmara.
Na Assembleia, bombas de efeito moral deixaram feridos.
Do G1 São Paulo
Manifestantes usam spray de pimenta contra policiais durante confusão na Câmara Municipal em SP (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
Duas manifestações realizadas nesta quarta-feira (14) contra supostas irregularidades em contratos do Metrô deSão Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) começaram pacíficas e terminaram com tentativas de invasão aos prédios da Câmara Municipal, no Centro, e da Assembleia Legislativa, na Zona Sul da capital paulista.
Os manifestantes foram repelidos nos dois atos por policiais militares, que utilizaram bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Os tumultos foram registrados na noite em que o Movimento Passe Livre (MPL), apoiado por entidades sindicais, organizou protesto pedindo a investigação das denúncias de cartel em licitações no governo paulista e melhorias no transporte público de São Paulo.
A concentração do ato convocado pelo MPL, com apoio do Sindicato dos Metroviários, ocorreu a partir das 15h no Vale do Anhangabaú. Cerca de 1,5 mil manifestantes percorreram as ruas centrais da capital durante o protesto. Na Rua Boa Vista, atearam fogo a um boneco e a uma catraca de ônibus.
Os manifestantes percorreram ruas do Centro e seguiram até a Praça da Sé, onde se dividiram em pequenos grupos, de acordo com a Polícia Militar, e protagonizaram quebradeira contra o patrimônio em vias da região central. Um manifestante detido foi levado para o 1º Distrito Policial por danos ao patrimônio, desacato, apologia ao crime e porte de entorpecente, segundo a polícia.
Um dos grupos seguiu para a Câmara Municipal e houve confronto seguidos por atos de vandalismo. Vidros da fachada do prédio foram quebrados com pedras. No Viaduto Jacareí e na Rua Maria Paula, os manifestantes atearam fogo a sacos de lixo, formando barricadas para bloquear o tráfego de veículos.
Na Avenida Liberdade, um dos grupos depredou vidros de agências bancárias, de acordo com a PM. Houve quebra-quebra também na Rua 24 de Maio. Ao menos 10 manifestantes conseguiram invadir o prédio do legislativo municipal, onde permaneceram até as 21h desta quarta-feira. Depois, eles deixaram a Câmara e se dispersaram.
Confusão entre policiais e manifestantes diante da
Alesp (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press)
Tumulto na Assembleia
Na Assembleia Legislativa, na região do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, ao menos 600 manifestantes entraram no prédio e se dividiram por dois auditórios para acompanhar o trabalhos dos parlamentares, segundo a PM. O grupo reivindicava a criação de uma CPI para investigar o suposto cartel nas licitações do Metrô de São Paulo.
Ao menos três manifestantes ficaram feridos após a PM tentar dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral. Gilson Sofia de França e Ednalva Franco foram feridos na perna e socorridos na enfermaria da Casa. Outra mulher, Severina Gomes do Amaral, foi atingida no olho e acabou levada a um hospital da região.
O major Sérgio Watanabe afirmou que não foram disparados tiros de bala de borracha contra os manifestantes. Um dos feridos, no entanto, mostrou aos jornalistas três balas desse tipo que teriam sido disparadas contra o grupo.
Deputados estaduais disseram que as bombas teriam sido lançadas em direção aos manifestantes durante negociação para definir quem podia entrar na Assembleia e acompanhar os trabalhos dos parlamentares. O major Watanabe justificou a ação afirmando que o grupo não aceitou acordo proposto pelos próprios deputados para a entrada de um número limitado de manifestantes.
O presidente da Assembleia Legislativa, Samuel Moreira, disse no plenário que não houve abuso na tentativa de conter a invasão dos manifestantes. "Há preocupação intensa de não haver abuso de autoridade. Essa Casa sofreu, especialmente no dia 2, ameaça de invasão. Adotou regras dentro do regime democrático e legal", afirmou. Não chegou a haver confronto entre manifestantes e os policiais.
Nos dois atos, ao menos três pessoas foram detidas - um encaminhado ao 1º distrito policial e outros dois ao 78º distrito - e cinco policiais tiveram ferimentos leves, segundo a PM.
Manifestantes entraram em confronto com a polícia em frente à Câmara (Foto: Rocha Lobo/Futura Press)
Fonte: G1
Atos contra cartel têm tentativas de
invadir Assembleia e Câmara em SP
Os manifestantes foram repelidos nos dois atos por policiais militares, que utilizaram bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Os tumultos foram registrados na noite em que o Movimento Passe Livre (MPL), apoiado por entidades sindicais, organizou protesto pedindo a investigação das denúncias de cartel em licitações no governo paulista e melhorias no transporte público de São Paulo.
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NO RS
Protesto termina com confronto e manifestante detido em Porto Alegre
Concentração começou por volta das 18h em frente à prefeitura de Porto Alegre | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Samir Oliveira
Cerca de 100 pessoas protestaram na noite desta quarta-feira (14) em frente à prefeitura de Porto Alegre para cobrar do governo municipal o encaminhamento do projeto que institui o passe livre na cidade. Redigida pelo Bloco de Luta pelo Transporte Público, a proposta está parada no gabinete do prefeito José Fortunati (PDT).
Sob um frio de nove graus, a manifestação desta quarta-feira reuniu poucas pessoas e contou com um rápido porém intenso confronto com as forças policiais. Às 19h20min, o grupo se dirigiu para a parte de trás da prefeitura, na Avenida Siqueira Campos. Esta parte do prédio possui apenas duas pequenas portas, que, diferentemente da entrada principal, não estavam isoladas por um cordão.
Uma das portas estava fechada e a outra era guarnecida por poucos guardas municipais. Quando os manifestantes se aproximaram, os agentes recuaram e fecharam a entrada. Neste momento, algumas pessoas tentaram forçar a porta, investindo com chutes e arremessando objetos. O Batalhão de Choque já estava dentro da prefeitura – tendo ingressado no início do ato, pela porta da frente, sob vaias dos militantes.
Manifestantes mostraram identidade para criticar ausência de identificação no fardamento dos agentes da Guara Municipal | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Enquanto isso, alguns policiais da Brigada Militar chegaram para tentar dispersar o grupo. Num primeiro momento, um soldado agarrou um manifestante que estava próximo da porta com uma gravata. Com isso, o restante do grupo, que se afastava, retornou e teve início um confronto com o policial – que chegou a ser derrubado, mas manteve o tempo inteiro uma mão segurando o manifestante e a outra, o coldre da arma.
Em pouco tempo, outros policiais chegaram e pelo menos duas bombas de gás lacrimogêneo foram jogadas. Com a dispersão, os manifestantes se reagruparam no Largo Glênio Peres e a Brigada Militar cerrou fileiras na Praça Montevidéu, em frente à prefeitura.
Por alguns minutos, o clima de tensão tomou conta do Centro de Porto Alegre, relembrando os confrontos que ocorriam no início de junho. Assustadas com o barulho das bombas que tinham sido jogadas, as pessoas tentavam entender o que estava acontecendo.
“Prefeito da elite, o povo te demite!” e “Não tem conversa, é o passe livre que interessa” foram gritos utilizados pelos manifestantes | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
A banca de revistas do Largo Glênio Peres chegou a baixar a grade metálica. A medida não durou nem dez minutos, já que os ânimos arrefeceram e parte do efetivo policial deixou a Avenida Borges de Medeiros.
Os manifestantes realizaram, então, uma pequena assembleia para deliberar os próximos passos. O pequeno grupo decidiu marchar até a Delegacia Estadual da Criança e do Adolescente (DECA), na sede do Ministério Público, para exigir a libertação do menor detido no protesto. “É mais uma brutalidade cometida pela polícia comandada pelo governo do estado”, qualificou Lorena Castillo, militante da Federação Anarquista Gaúcha (FAG) e integrante do Bloco de Luta.
Durante a rápida assembleia, os manifestantes orientaram o grupo a não entrar em confronto com as forças policiais. “Qualquer arma individual pode colocar todo o coletivo em risco”, alertou um ativista.
Até o fechamento desta reportagem, o menor continuava detido. De acordo com o advogado que acompanha o caso, a acusação contra o adolescente é de dano ao patrimônio. Ele teria quebrado uma vidraça da parte de trás da prefeitura.
Enquanto ele permanecia no DECA, alguns manifestantes do Bloco de Luta aguardavam do lado de fora. O advogado acredita que o menor será liberado ainda nesta noite.
Veja, na ordem dos acontecimentos, mais fotos do protesto desta quarta-feira (14)
Às 19h20min, o grupo se dirigiu para a parte de trás do prédio | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Parte de trás do prédio da prefeitura era guarnecida por poucos agentes da Guarda Municipal | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Guarda Municipal fechou a porta com a aproximação dos manifestantes | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Um grupo tentou entrar na prefeitura, enquanto o restante se afastava do local | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Brigada Militar interviu e policial segurou um manifestante | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Outros manifestantes tentaram socorrer o detido | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Parte do grupo, que estava se afastando, retornou para tentar resgatar o manifestante detido | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Outros brigadianos surgem em reforço ao soldado que segurava um manifestante | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Grupo exigia que policiais soltassem o militante detido | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Com reforço, brigadianos começam a recuar | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Policiais recuam rapidamente com o menor detido | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Após a Brigada Militar ter jogado bombas de gás, manifestantes recuam para o Largo Glênio Peres | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Depois de pequena e rápida assembleia, grupo marcha em direção ao DECA para libertar menor detido | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Fonte: SUL 21
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