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sábado, 31 de agosto de 2013

BRASIL FOODS: UM GRUPO EMPRESARIAL BANDIDO - Promotoria pede apreensão de lotes de leite das marcas Elegê e Batavo, contendo álcool etílico

SE FOR PRODUTO DE EMPRESAS DO GRUPO, DESCONFIE, OU MELHOR, NÃO COMPRE.

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Volume total chega a 33,5 mil litros



FLÁVIO ILHA (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)



Lotes das marcas Elegê e Batavo, produzidos pela Brasil Foods, tem álcool etílico em sua composição 


Montagem sobre fotos / Criação Internet



PORTO ALEGRE – A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) pediu à Justiça nesta sexta-feira que determine a apreensão de todos os lotes de produtos das marcas Elegê e Batavo, produzidos pela Brasil Foods, que tenham presença de álcool etílico em sua composição. O produto contaminado, identificado pelo Ministério da Agricultura, foi recebido na unidade da empresa localizada em Teutônia no dia 5 de agosto, industrializado e colocado no mercado. Segundo o MP, foi detectado um volume aproximado de 33,5 mil litros de leite contaminado.

O pedido cautelar de apreensão foi assinado pelo promotor Alcindo Bastos Filho. O MP solicitou explicações à empresa sobre as quantidades de leite processadas com álcool colocadas no mercado e os tipos de produtos que receberam a matéria-prima contaminada. A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor também quer saber se houve ou não descumprimento do termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado com a empresa em junho. Em caso positivo, haverá a incidência das multas previstas no termo.

No dia 25 de junho, a Brasil Foods foi multada por dano moral coletivo em R$ 1,8 milhão pelo prejuízo aos consumidores com a contaminação com formol de dois lotes de leite produzidos na unidade de Teutônia e comercializados em Curitiba. 
A multa veio em forma de doação: R$ 500 mil foram entregues ao Fundo de Defesa do Consumidor do Paraná e o restante foi investido em equipamentos para órgãos públicos fiscalizadores do Rio Grande do Sul, entregues nesta sexta-feira.


O promotor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho ressaltou que, independentemente da atividade de fiscalização realizada pelo Ministério, é de responsabilidade das indústrias analisar previamente o leite cru e rejeitá-lo caso haja indícios de inconformidade, impedindo que o produto chegue aos consumidores.

A Brasil Foods informou que tão logo soube pelo Ministério da Agricultura e Pecuária da possibilidade de desvio na matéria-prima, a unidade de Teutônia destinou o leite à desidratação para que o produto não fosse distribuído aos consumidores. Segundo a empresa, o fornecedor do leite cru "em suposta não conformidade" já foi afastado do quadro de transportadores.

"Nenhum consumidor, portanto, teve acesso a qualquer produto com padrão de qualidade alterado", informou a nota.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com

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