Policial Militar é afastado após flagrante de agressão a jornalistas. Assista abaixo ao vídeo com as cenas lamentáveis produzido pelo Coletivo Mariachi
A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou, nesta segunda-feira (20), um sargento da Tropa de Choque cujo nome não foi divulgado, depois da divulgação de um vídeo que flagra o momento em que ele joga spray de pimenta contra jornalistas que cobriam um protesto realizado no Catete, na zona sul, na noite de segunda-feira (19).
PM é afastado após flagrante de agressão a jornalistas.
De acordo com o Comando de Operações Especiais (COE), que reúne a Tropa de Choque, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e outras forças táticas da PM, a Corregedoria abriu uma sindicância para apurar se houve força excessiva.
“As imagens estão sendo analisadas pelo Comando da Corporação e se ficar comprovada a agressão aos jornalistas o policial será punido. O PM mostrado no vídeo será submetido a atendimento psicológico e ficará afastado de suas funções operacionais enquanto durar o procedimento”, informou a Polícia Militar.
Após a confusão, profissionais da imprensa e advogados da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro) registraram queixa por agressão e abuso de autoridade na delegacia do Catete (9ª DP).
O porta-voz da PM, tenente-coronel Cláudio Costa, informou que o novo comandante da Tropa de Choque, tenente-coronel Márcio Oliveira Rocha, vai usar o episódio para fazer “uma correção de rumo” na abordagem dos policiais: “Vamos fazer uma avaliação ponto a ponto e mostrar para todo o efetivo para que isso não volte acontecer”.
“Ele já assumiu com essa missão de fazer essa semana um estudo de caso sobre a ação de ontem”, comentou o porta-voz. “Nesse momento o que achamos mais importante é fazer um redirecionamento”, acrescentou.
Vídeos divulgados nas redes sociais e em emissoras de TV mostram o momento em que o sargento se irrita com o equipamento de iluminação utilizado por um cinegrafista e faz uso do spray de pimenta para dispersar os jornalistas e advogados que estavam perto dele. Nesse momento, havia apenas cerca de 20 manifestantes no local.
O tumulto começou depois que os policiais do Choque detiveram uma moradora de rua que estava entre os manifestantes, que se identificou como Cláudia Aparecida Florêncio e afirmou ter problemas mentais. Ao ser abordada pelos PMs, bastante agitada, ela chegou a ficar apenas de sutiã na calçada.
Profissionais da imprensa e advogados tentaram se aproximar da mulher para registrar a detenção mas foram impedidos pelos policiais. Aos membros do OAB, o policial afirmou: “na porta da delegacia vocês são advogados, aqui não”.
Mesmo após dispersar o grupo com gás de pimenta, a Tropa de Choque continuou jogando bombas de efeito moral no grupo e disparando balas de borracha. Uma delas atingiu o fotógrafo colaborador da agência Futura Press Reynaldo Vasconcelos no peito. O impacto da bala foi amortecido por sua carteira, que estava no bolso de sua camisa. Cartões ficaram quebrados. Um cinegrafista da “TV Record” relatou ter sido agredido com socos e pontapés no decorrer da ação do policial.
Vermelho e UOL, VIA PRAGMATISMO POLÍTICO
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