Declaração de Autoridade Palestina gera revolta
por Jarbas Aragão
A Autoridade Palestina fez uma declaração surpreendente que causou revolta em Israel justamente no momento que os dois lados retomaram as negociações. Segundo os palestinos, Naftali Bennett, presidente do partido Jewish Home, entre outras autoridades israelenses estariam entre os 600 mil judeus israelenses “terroristas”.
Embora não esclareça quem seriam esses terroristas, o número totaliza quase 10% da população do país. O mais provável é que ele se refira ao total do contingente das forças armadas de Israel, incluindo os reservistas.
Seria uma resposta a declaração de Bennett que os verdadeiros terroristas “devem ser eliminados e não libertados.” O imbróglio começou com o anúncio da libertação de dezenas de prisioneiros palestinos, que foram detidos ainda antes da assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993. Feita em quatro fases, a libertação enfrenta críticas duras dos membros do Parlamento israelense.
O Ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina definiu terrorista como alguém “que ocupa as terras de outro povo e os tira dali a força e se instala em seu lugar”. Portanto “a definição de terrorismo aplica-se perfeitamente a muitos políticos israelenses que difamam prisioneiros palestinos, especialmente os presos antes dos Acordos de Oslo”.
O pedido de libertação dos cerca de 100 terroristas palestinos, acusados pelos assassinatos de soldados e civis israelenses, incluindo idosos e crianças foi uma manobra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele estaria demonstrando “boa vontade” e querendo agradar John Kerry, secretário de Estado dos EUA e o presidente da AP, Mahmoud Abbas.
A justificativa do Ministério das Relações Exteriores palestino é que eles não podem ser chamados de terroristas, pois são “combatentes pela liberdade”.
Para muitos políticos de Israel, como Bennett, no passado, Israel libertou milhares desses combatentes, centenas dos quais comprovadamente voltaram a lutar pela sua liberdade assassinando mais de 550 judeus.
Com informações Jewish Press, VIA GOSPEL PRIME
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