Embarcação transportava cerca de 500 pessoas e afundou-se perto de Lampedusa. Há mais de 200 desaparecidos. Cerca de três dezenas de crianças entre as vítimas.
Pelo menos 94 imigrantes, entre os quais três dezenas de crianças, morreram no naufrágio de um navio que transportava quase 500 pessoas e se incendiou, na madrugada desta quinta-feira, perto de Lampedusa, na Sicília, Sul de Itália.
Os números de vítimas estão a subir de hora a hora. Pouco antes das últimas actualizações do número de corpos recolhidos, para 94, tinham sido anunciados 82 mortos. E antes disso 50.
"Há 250 desaparecidos", disse, a meio da manhã, fonte das entidades envolvidas nos socorros, citada pela edição digital do diário La Repubblica.
"O mar está cheio de corpos", afirmou a presidente da câmara de Lampedusa, Giusi Nicolini. "É horrível, é como um cemitério, continuam a trazê-los", disse aos repórteres.
As primeiras informações indicam que a maioria dos passageiros que seguiam na embarcação era de origem africana, muitos somalis e eritreus. O gabinete do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados informou depois que serão, na sua maioria, eritreus, provenientes da Líbia.
O naufrágio terá sido provocado por um incêndio a bordo. Informações da polícia indicam que passageiros do navio terão pegado fogo a cobertores para assinalarem a sua presença a navios de mercadorias que navegavam na área e que as chamas se terão descontrolado.
O alarme foi dado por um pesqueiro que salvou cerca de 60 pessoas. Quatro navios da guarda costeira e da polícia e dois helicópteros continuam as buscas.
O Papa Francisco já reagiu a mais esta tragédia, através de uma mensagem no Twitter: "Rezamos a Deus pelas vítimas do trágico do naufrágio ao largo de Lampedusa". Mais tarde, após um discurso em que evocou a encíclica papal "Pacem in Terris", de João XXIII, escrita em1963, voltou ao assunto: "A palavra que me vem à cabeça é vergonha. É uma vergonha".
Na segunda-feira, 13 outros imigrantes, maioritariamente eritreus, morreram afogados quando tentavam alcançar a costa depois de terem saltado, ou sido atirados, da embarcação em que seguiam, que transportava cerca de 200 imigrantes e refugiados, a ocidente da Sicília.
Nesta altura do ano, navios com imigrantes e refugiados provenientes do Norte de África, mas também do Médio Oriente - muitos a fugirem à guerra na Síria - procuram diariamente chegar à Europa através da ilha de Lampedusa, que fica a apenas 113 quilómetros da costa da Tunísia. São frequentes os naufrágios de navios sobrelotados, sem condições de navegação seguras.
Segundo as Nações Unidas, em 2012, quase 500 pessoas morreram ou foram dadas como desaparecidas no mar, quando tentavam chegar à Europa.
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ATUALIZAÇÃO:
Tragedia en Lampedusa: mueren al menos 133 inmigrantes que intentaban llegar a la costa
La embarcación, que se incendió y hundió, llevaba a bordo a unos 500 africanos, entre los que había mujeres y niños. Hay cuerpos en el fondo del mar. Sigue el rescate.
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Decenas de inmigrantes indocumentados han muerto, mientras que más de 250 resultan desaparecidos, tras el naufragio de la barcaza en Lampedusa. (AP)
Al menos 133 inmigrantes africanos que intentaban llegar a las costas de Italia murieron hoy al naufragar la precaria embarcación en la que viajaban hacia la isla de Lampedusa, informaron las autoridades locales.
Entre los muertos hay muchas mujeres y algunos niños. La alcaldesa Giusi Nicolini se mostró conmocionada: "Es un horror, no dejan de sacar cadáveres", dijo. Además hay decenas de desaparecidos. Buzos de rescate localizaron 40 cuerpos en el fondo del mar. Y habría otros 100 cadáveres en la balza, ubicada ahora a media milla de Lampedusa.
El bote, que llevaba a unas 500 personas a bordo, se incendió junto a la cercana isla de Conogli y se hundió. La guardia costera ha conseguido hasta ahora rescatar a unas 150 personas, pero aún hay víctimas que aguantan flotando en el agua a la espera de ayuda.
Según contaron los sobrevivientes, vienen deEritrea y Somalia y habían salido unas 12 horas antes de las costas de Libia. Se cree que ellos mismos iniciaron el fuego a bordo para llamar la atención de las autoridades en la costa.
El ministro del Interior, Angelino Alfano, canceló una conferencia de prensa en la que iba a hablar de su pelea interna con el ex primer ministro Silvio Berlusconi y anunció que viajará a Lampedusa.
Dramáticas imágenes de la televisión mostraban a los equipos de rescate alineando bolsas con cadáveres en el muelle del pequeño puerto de la isla. Horas antes del accidente, otro barco con 463 inmigrantes había llegado a la isla.
Cientos de inmigrantes intentan ingresar a diario a las costas de Italia y España. Pero la búsqueda de un futuro mejor a veces termina en tragedia, como la de hoy. En su desesperación, los inmigrantes se suben a embarcaciones viejas e inestables. Y muchos de ellos no saben nadar. El lunes ya habían muerto 13 personas también frente a las costas italianas cuando su barco encalló frente a Sicilia. Los aproximadamente 200 refugiados se lanzaron entonces al Mediterráneo para nadar hasta la costa. La mayoría pudo llegar, pero 13 se ahogaron.
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