Revista afirma que governo paulista protegeu servidores indicados pela PF e engavetou sugestões do grupo criado para ajudar a apurar o escândalo
Quase nada foi feito pela Justiça de São Paulo para apurar o desvio de R$ 425 milhões das obras do metrô e trens metropolitanos do estado durante os governos do PSDB. Em julho de 2013, a revista Istoé denunciou (aqui e aqui) o esquema que ficou conhecido como trensalão tucano e, quase dois anos depois, o veículo informa que as investigações foram paralisadas e nenhum dos envolvidos punidos.
De acordo com a publicação feita pela revista na noite da última sexta-feira (20), o governo de São Paulo paralisou as investigações, protegeu servidores que foram indiciados pela Polícia Federal e engavetou sugestões de uma comissão especial criada, à época, para ajudar na apuração do caso.
“Eles, do governo, é que não deram prosseguimento às nossas sugestões”, disse à Istoé o diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo.
Segundo a revista, em 2013, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) “posou de vítima’’ e disse que puniria empresas e funcionários públicos envolvidos no escândalo. Além disso, o tucano afirmou que cobraria o ressarcimento aos cofres públicos dos recursos desviados pelo esquema, que representam pelo menos R$ 425 milhões, segundo o Ministério Público.
“As empresas que se locupletaram com milhões de reais do dinheiro público continuam atuando em obras estaduais; servidores não foram punidos, apesar de a Polícia Federal ter indiciado 33 pessoas por corrupção ativa e passiva; nem um centavo desviado retornou aos cofres do Estado e faz um ano que a apuração interna da Corregedoria-Geral do governo está literalmente parada’’, publicou a revista.
A Agência PT de Notícias não conseguiu contato com os órgãos envolvidos na apuração do caso.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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