Como gosto muito de música e vivo pesquisando gêneros musicais com influência judaica, embora ão tenha formação acadêmica em música, nem tenha a felicidade de ser músico, há algum tempo esbarrei no Klezmer e baixei alguns vídeos da rede. Um dos instrumentos que marca presença no estilo musical sob comento é o clarinete. Achei e baixei vídeos com execuções de Astor Silva, Abel Ferreira, Paulo Moura, Henry Arland, Pete Foutain e Anat Cohen.
Dentre as bandas que executam tal gênero, já ouvi e baixei, ainda: Barcelona Gipsy Klezmer, Berlinermome, Kaschauer Klezmer Band e Tempero. Não se pode deixar de ouvir, também, as execuções de Itzhak Perlman, ao violino e de Giora Feidman. Agrada-me bastante, ainda, Kroke.
Dentre as bandas que executam tal gênero, já ouvi e baixei, ainda: Barcelona Gipsy Klezmer, Berlinermome, Kaschauer Klezmer Band e Tempero. Não se pode deixar de ouvir, também, as execuções de Itzhak Perlman, ao violino e de Giora Feidman. Agrada-me bastante, ainda, Kroke.
Ontem, ocorreu-me a ideia de procurar matérias sobre a presença judaica em nosso Estado e, para minha surpresa, deparei-me com a com um trabalho respeitável de pesquisa e culto ao gênero, conforme notícia que segue:
Banda Klezmorim lança primeiro DVD e faz turnê por Santa Catarina
Formada há cinco anos por músicos catarinenses e paranaenses, a banda vai passar por Rio do Sul, Itajaí e Florianópolis
Sete integrantes da Klezmorim conseguiram recuperar partituras do século 15
Foto: Sérgio Silvestre / Divulgação
Carol Macário
Pode ser que você ache o klezmer, gênero musical judaico-cigano desenvolvido a partir do século 15, nada parecido com os ritmos brasileiros. Mas ouça atentamente frevo, baião, marchinhas de Carnaval dos anos 1950 e reconhecerá elementos sonoros similares. Não só de música europeia e africana se fez a música do Brasil. É o que mostra o Klezmorim, grupo que mescla a musicalidade dos guetos do Leste Europeu e Oriente Médio ao sotaque brasileiro. Eles lançam seu primeiro DVD em Santa Catarina com turnê que começa hoje por Rio do Sul e segue para Itajaí amanhã e Florianópolis na sexta.
Formada há cinco anos por músicos catarinenses e paranaenses, a banda pesquisa a música klezmer e a reproduz com originalidade ao interpretá-la com instrumentos ocidentais.
— Era um gênero executado por músicos itinerantes, chamados klezmorim. É música de festa, de celebração. Não é religiosa — diz o violinista Júlio Coelho.
Integrante da Orquestra Sinfônica do Paraná, ele explica que o klezmer foi redescoberto nos anos 1970 por músicos da comunidade judaica e, desde então, voltou a ser divulgado.
— É uma música catártica. Tem como característica elementos populares e eruditos. Nossa intenção foi montar um repertório que combinasse esses dois aspectos — afirma.
Ritmo dançante
Por ser originalmente executado em festas, o klezmer é um ritmo dançante. Tanto que as apresentações em teatro são diferentes das feitas em bares ou locais com mais interação. A dançarina Carol Huriah, que tem 15 anos de experiência e pesquisa em dança árabe e judaica, faz intervenções durante o espetáculo. Ela já atuou com dança oriental no Líbano, Emirados Árabes, Israel, Espanha e Austrália e afirma que grupos de klezmer são cada vez mais raros, inclusive no Oriente Médio:
— Ninguém mais faz esse som ao vivo. Só reproduz em teclados.
Os sete integrantes da Klezmorim conseguiram recuperar partituras do século 15, que foram garimpadas na Europa por Hudson Müller, o solista da banda. Já o maestro e pianista Rodrigo Henrique de Oliveira é quem faz as composições autorais, juntamente com o grupo. Formado em composição e regência, ele é um dos únicos na América Latina a se dedicar a esse gênero.
Além de música e dança, o espetáculo conta com a carruagem cigana Caixarola com a artista Daniele Madrid, que realiza teatro de sombras e bonecos em lambe-lambe.
Fonte: Diário Catarinense
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