Em uma semana a Duma Estatal da Rússia apresentou duas declarações anti-alemães: sobre a anexação da RDA pela República Federal da Alemanha e sobre reparações de guerra à Alemanha. Tais iniciativas não acontecem por acaso. A chanceler alemã, Angela Merkel mostra o comportamento inconveniente ao líder do maior país europeu. Não parece ser capaz de entender o que a Rússia lhe está dizendo.
No dia 26 de janeiro, a fração LDPR da Câmara Baixa do Parlamento russo apresentou uma iniciativa para buscar reparações à Alemanha por ter atacado a URSS em 1941. "Na verdade, a Alemanha não pagou qualquer reparação para a União Soviética por destruições e atrocidades cometidas durante a Grande Guerra Patriótica. Houve um acordo assinado com a RDA para cessar a cobrança de indemnizações. Porém, não houve tais acordos fechados com a RFA, e muito menos com a Alemanha unificada, portanto, a questão permanece em aberto, "- disse o deputado do Partido Liberal Democrata da Rússia (LDPR), Mikhail Degtyarev.
Segundo ele, o montante total das reparações a preços correntes deve totalizar pelo menos três ou 4 trilhões de euros, os quais a Alemanha deve pagar à Rússia, sucessora da URSS. O deputado insiste a Alemanha até compensar perdas aos países que não tinham participado na Segunda Guerra Mundial, mas nada à Rússia. Israel, por exemplo, no âmbito da Compensação da Injustiça Nacional -Socialista recebeu mais de 60 bilhões de euros, disse .
"As reivindicações são suficientemente justas", — disse ao Pravda. Ru o deputado da fração Rússia Unida, Timur Akulov, o membro do Comitê de Defesa da Duma. De acordo com ele, a Alemanha deve pagar ainda pela retirada das tropas soviéticas após a assinatura do acordo de reunificação alemã em 1989. " Deixamos lá muita propriedade, tirando da RDA as tropas soviéticas. A Alemanha não pagou nada por isso também. Os oficiais que voltaram, tornaram-se desabrigados. Cabe ao Ministério da Defesa para calcular as perdas em ambos casos ", -disse .
No entanto, o vice-decano da Faculdade de Economia Mundial e Política da Escola Superior de Economia, Andrei Suzdaltsev, disse ao Pravda. Ru que tais alegações dos deputados são emocionais e injustas. " Tudo foi discutido na Conferência de Potsdam, onde todas essas questões foram resolvidas", disse. Segundo o especialista, a União Soviética deixou de receber indemnizações da zona leste de ocupação da Alemanha, após ter aparecido um estado amigável, ou seja, a República Democrática Alemã. "No fim das contas, as nossas reparações eram miseráveis. Mas o trem, como diz-se, já se foi, e já não é possível rever a situação."
O especialista concorda que o segunda falha da Rússia foi a retirada das tropas da Alemanha reunificada, sem reivindicar compensações por perdas da propriedade. A Rússia também já não pode fazer nada nesse caso", — disse Suzdaltsev ao Pravda. Ru. Revisão dos resultados da Conferência de Potsdam é uma tarefa contraproducente por países bálticos logo poderem atacar a Rússia com a sua argumentação. "Eles anunciaram que iriam buscar compensações à Rússia por a URSS tê-los ocupado. Polônia, então, juntar-se-á por a Rússia liberar oeste da Ucrânia e da Bielorrússia em 1939. A disputa com o Japão sobre as ilhas Curilas também iria piorar muito. É uma proposta contraproducente ", — Suzdaltsev concluiu.
No entanto, por quê o tema das reparações surgiu apenas agora? "A iniciativa é uma resposta direta às sanções impostas pela UE e os Estados Unidos", — diz o website alemão Focus. de. No entanto, há um aspeto moral do problema. Imediatamente após a II Guerra Mundial, os alemães que foram libertados do fascismo pelo Exército soviético, começaram a receber trens que transportavam grãos a partir da URSS. Estava ocorrendo na época, quando os cidadãos da União Soviética viviam em sistema de abastecimento de cartões. Além disso, foi uma iniciativa do líder soviético Mikhail Gorbachev, que levou à reunificação da Alemanha em 1989. Mas nada de ser Frau Merkel grata. Pode derramar lágrimas sobre o Holocausto e os judeus, mas parece não estar completamente incomodada quando se trata dos problemas dos russos .
Merkel recusa-se a ouvir Putin
Como resultado, o Parlamento russo a partir da proposta do Partido Comunista discute mais uma resolução sobre a anexação da RDA pela República Federal da Alemanha. De fato, na RDA não houve realizado referendo sobre a adesão à Alemanha Ocidental, concorda o site alemão Alles Schall und Rauch. Esta decisão foi tomada pelo parlamento da RDA, cujos membros foram comprometidos por receberem os assentos no novo governo conjunto. A ideia da chamada "reunificação pacífica" foi promovida e financiada por empresários ocidentais a buscarem a expansão mercantil e crescimento econômico. Além disso, ninguém perguntou aos alemães se queriam aderir à OTAN, à União Europeia ou à zona euro. Foi uma anexação que Bruxelas havia planeado? De acordo com o artigo publicado no site Alles Schall und Rauch, a iniciativa da Duma veio como vingança pela condenação da "anexação" da Criméia. Esta vingança da Rússia tem um grão de verdade, disse a publicação alemã.
A verdade está no fato de que um país soberano (RDA) foi anexado sem qualquer referendo a outro (RFA) que não era um país bem independente do ponto de vista jurídico. A URSS, o Reino Unido, os EUA e França — os países membros da coalizão antifascista, admitiram que era possível para a RFA anexar a RDA. No caso da Criméia, foi só a Rússia a dar o seu consentimento. Quer dizer que era por isso impossível a "anexãção" da Criméia?
Legisladores russos lançaram uma ofensiva contra Angela Merkel, devido à sua posição inadequada, já que ela é a única entre os líderes alemães de pós-guerra que é incapaz de chegar a um acordo com a Rússia. Por exemplo, não aceitou a proposta de Putin para regular a crise na Ucrânia, seguindo o exemplo do "cenário checheno." Por quê? Encontre um líder pró-ucraniano, dê-lhe ampla autonomia e financiamento, e "o processo irá andando".
No entanto, Merkel não pode admitir o seu erro sobre a posição da Rússia em relação à Chechênia. Além disso, não existe tal líder, e muito menos o financiamento. É notável, que o regresso da Chechênia na matriz do país natal é o único exemplo bem sucedido de reconciliação na ex-União Soviética.
"Angela Merkel se transforma em um líder dotado de fobias pessoais, simpatias e antisimpatias o que é inadmissível para um líder de um Estado tão influente", — disse ao Pravda. Ru Sergey Tsekov, membro da Comissão dos Assuntos Externos do Conselho da Federação (Câmara Alta do Parlamento russo) — Não compreende a essência de que a Rússia está dizendo a ela. Continua hostil a todas as sugestões da liderança russa, mesmo sem tentar fazer uma análise dessas propostas ".
A chanceler alemã Angela Merkel disse que a Alemanha não irá armar a Ucrânia, mas isso não é o seu mérito. Alemanha não tem direito de ser "agressiva". Se algum país da antiga coalizão anti-Hitler achar a Alemanha agressiva, segundo os termos da Carta das Nações Unidas, lhe pode ser dado o status de um "país hostil" e território controlado.
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