Pela lei imposta pelo grupo, também fica proibido plantar milho transgênico e que empregados das instâncias na área onde atuam portem armas
A guerrilha EPP (Exército do Povo Paraguaio) ameaçou fuzilar agricultores que descumpram as leis ditadas por eles e continuem plantando soja e milho transgênicos e com agrotóxicos. A ameaça, feita por meio de uma carta, foi divulgada nesta sexta-feira (06/03) em jornais paraguaios.
“Senhores oligarcas, o EPP cairá cedo ou tarde sobre os que não cumpram as leis com pena máxima (fuzilamento)”, diz o texto entregue na estância Guaraní, atacada na última semana pelo grupo, localizada no estado de Concepción, a 320 quilômetros da capital Assunção.
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Carta deixada na estância Guaraní na última semana e divulgada hoje
A carta diz ainda que os projetos da empresa Guaraní só provocam “miséria, doenças e mortes às comunidades, para depois retirar de suas terras lançando ao abismo da pobreza, prostração, sobrevivendo do lixo”.
Nos últimos dias, o grupo também ameaçou os criadores de gado que apoiam os moradores dos assentamentos de Arroyito a cultivarem milho transgênico. Eles também divulgaram as leis do grupo, que contemplam a proibição de os empregados das instâncias portarem armas e determinam que estes devem se manter pelo menos 500 metros distantes dos montes.
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Relação de leis impostas pelo EPP
EPP
O controverso grupo, fundado em 2008, se auto classifica como guerrilha marxista-leninista e diz lutar contra a “democracia dos ricos, excludente, fascista e criminosa”, criticam o governo do presidente Horacio Cartes e afirmam que tomaram as armas para lutar por justiça social.
Assim como outros grupos guerrilheiros, o EPP passou a publicar alguns vídeos na internet para divulgar seus objetivos e ideologia. Para o ministro do Interior do Paraguai, Francisco de Vargas, tais estratégicas não passam de “marketing criminoso”.
Fonte: http://operamundi.uol.com.br/
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