Estudo da OMS diz que 50% dos jovens de 12 a 35 anos ouvem música em volume acima do tolerável em seus dispositivos de áudio.
Exposição prolongada a volumes altos pode danificar audição de modo irreversível, diz OMS(ThinkStock/VEJA)
Mais de um bilhão de jovens se arriscam a sofrer danos auditivos porque ouvem música muito alta, alertou nesta sexta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). A principal causa seria a potência sonora dos dispositivos de áudio com fones de ouvido e dos alto-falantes em shows e casas noturnas.
Segundo dados recolhidos pela OMS, quase 50% dos 2,5 bilhões de jovens entre 12 e 35 anos de países com renda média ou alta ouvem música em smartphones e outros eletrônicos em níveis danosos à audição. Além disso, 40% dessa mesma faixa etária estão expostos a barulhos excessivos em discotecas, bares e eventos esportivos por tempo prolongado.
O estudo mostra que os grandes eventos como shows de música e partidas de futebol podem transmitir níveis sonoros que chegam a 100 decibéis. De acordo com a OMS, uma pessoa não deveria se expor a um som como esse por mais de 25 minutos por dia. Quanto aos fones de ouvido, a recomendação da organização é que se ouça música a um volume máximo de 60% da capacidade.
Visando a Jornada Mundial da Audição, no dia 3 de março, a OMS recomenda algumas medidas preventivas. Jovens e adultos devem reduzir o volume de seus dispositivos de áudio e telefones, evitar utilizá-los mais de uma hora por dia, usar tampões nos ouvidos nos locais muito barulhentos e fazer intervalos entre as sessões de alta exposição a volumes alto. O órgão também recomenda que os governos imponham rígidas medidas normativas sobre o som nos lugares públicos, e pede que os donos de boates e bares baixem o volume da música.
Hoje cerca de 360 milhões de pessoas sofrem algum tipo de dano auditivo pelo mundo. Isso ocorre devido a fatores como doenças infecciosas, genéticas, complicações durante o parto, uso de certos medicamentos, ruídos ou envelhecimento.
(Com Agence France-Presse), via http://veja.abril.com.br/
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