“A maioria dos homens vítimas de abuso sexual demora cerca de 26 anos em silêncio até procurar apoio”, refere a associação Quebrar o Silêncio, a primeira associação portuguesa dirigida ao apoio especializado a homens vítimas de abuso sexual
Expresso
"O André tinha 10 anos quando foi abusado sexualmente, mas o André nunca contou a ninguém do abuso". É assim que arranca a campanha da associação Quebrar o Silêncio, a primeira associação portuguesa dirigida ao apoio especializado a homens vítimas de abuso sexual, que no seu primeiro ano de existência registou 85 pedidos de apoio, sendo que 78,3% é de homens que procura apoio pela primeira vez.
Se por um lado as denúncias de assédio e abuso sexual têm vindo a ganhar mais voz e espaço para discussão nos últimos tempos, há uma falta de reconhecimento de que os homens também podem ser vítimas. Mais concretamente, 1 em cada 6 homens é vítima de abuso antes dos 18 anos, segundo dados da associação.
Talvez por vergonha ou medo, a verdade é que "a maioria dos homens vítimas de abuso sexual demora cerca de 26 anos em silêncio até procurar apoio e a maioria destes homens que chega até nós, procuram apoio pela primeira vez", refere Ângelo Fernandes, o fundador e diretor executivo da Quebrar o Silêncio.
Devido à falta de conhecimento profundo sobre o tema, surgem mitos que a Quebrar o Silêncio quer clarificar. Por exemplo, a falsa ideia de que os agressores são estranhos. "Em cerca de 90% dos casos o agressor conhecia o rapaz, porque era familiar ou conhecido da família e estes não são casos pontuais", diz Ângelo Fernandes.
A ideia fortemente enraizada dos valores tradicionais da masculinidade, como os atributos de força física ou de falta de sensibilidade que estão associados ao que é "ser homem", é outro obstáculo para reconhecer o problema. Mais ainda, há uma tendência para a crença de que "os homens são sempre o agressor e nunca a vítima" – o que acaba por reforçar o silêncio dos homens que sofrem ou sofreram de abuso sexual.
Estes falsos estereotipos têm repercussões na educação das crianças que acabam por interiorizar inconscientemente estas ideias. Nesse sentido, a Quebrar o Silêncio também promove sessões de sensibilização para rapazes e raparigas, abordando temas para lá do abuso sexual que possam ajudar a desconstruir estes mitos.
Na comemoração do seu primeiro aniversário esta sexta-feira, a Quebrar o Silêncio promove uma conversa informal sobre violência e abuso sexual de homens e rapazes e divulga um vídeo promocional onde visa esclarecer melhor estes e outros aspetos sobre a associação.
Expresso
"O André tinha 10 anos quando foi abusado sexualmente, mas o André nunca contou a ninguém do abuso". É assim que arranca a campanha da associação Quebrar o Silêncio, a primeira associação portuguesa dirigida ao apoio especializado a homens vítimas de abuso sexual, que no seu primeiro ano de existência registou 85 pedidos de apoio, sendo que 78,3% é de homens que procura apoio pela primeira vez.
Se por um lado as denúncias de assédio e abuso sexual têm vindo a ganhar mais voz e espaço para discussão nos últimos tempos, há uma falta de reconhecimento de que os homens também podem ser vítimas. Mais concretamente, 1 em cada 6 homens é vítima de abuso antes dos 18 anos, segundo dados da associação.
Talvez por vergonha ou medo, a verdade é que "a maioria dos homens vítimas de abuso sexual demora cerca de 26 anos em silêncio até procurar apoio e a maioria destes homens que chega até nós, procuram apoio pela primeira vez", refere Ângelo Fernandes, o fundador e diretor executivo da Quebrar o Silêncio.
Devido à falta de conhecimento profundo sobre o tema, surgem mitos que a Quebrar o Silêncio quer clarificar. Por exemplo, a falsa ideia de que os agressores são estranhos. "Em cerca de 90% dos casos o agressor conhecia o rapaz, porque era familiar ou conhecido da família e estes não são casos pontuais", diz Ângelo Fernandes.
A ideia fortemente enraizada dos valores tradicionais da masculinidade, como os atributos de força física ou de falta de sensibilidade que estão associados ao que é "ser homem", é outro obstáculo para reconhecer o problema. Mais ainda, há uma tendência para a crença de que "os homens são sempre o agressor e nunca a vítima" – o que acaba por reforçar o silêncio dos homens que sofrem ou sofreram de abuso sexual.
Estes falsos estereotipos têm repercussões na educação das crianças que acabam por interiorizar inconscientemente estas ideias. Nesse sentido, a Quebrar o Silêncio também promove sessões de sensibilização para rapazes e raparigas, abordando temas para lá do abuso sexual que possam ajudar a desconstruir estes mitos.
Na comemoração do seu primeiro aniversário esta sexta-feira, a Quebrar o Silêncio promove uma conversa informal sobre violência e abuso sexual de homens e rapazes e divulga um vídeo promocional onde visa esclarecer melhor estes e outros aspetos sobre a associação.
Fonte: EXPRESSO PT
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