Beto Almeida
Desde18 de abril de 2018, o governo do presidente Daniel Ortega, da Nicarágua, vem sendo alvo de ataques dos grandes meios de comunicação comerciais no Brasil, sob uma linha editorial totalmente enviesada e falsificada, que tenta passar a idéia de que , repentinamente, os sandinistas, movimento que encantou o mundo com a Revolução Popular de 1979, tivesse se transformado em um movimento político ditatorial.
Para isso, essa mesma mídia, esconde do público, que desde seu retorno ao governo, pela via do voto popular e democrático dos nicaragüenses, em 2006, a Nicarágua recuperou um caminho de transformações sociais e de progresso econômico, que a colocam hoje em uma situação privilegiada, não apenas no cenário centro-americano, mas também no contexto global.
Ao reassumir o governo em 10 de janeiro de 2007, Daniel Ortega, coincidindo com a visão política de Lula, afirma que não se pode tolerar os índices de miséria, fome e pobreza que vigiam na Pátria Sandino, depois de 16 anos de governos neoliberais, em eu foram privatizadas mais de 100 empresas estatais e em que reapareceu, sintomaticamente, o analfabetismo, que havia sido erradicado no anos 80 – conforme reconheceu a Unesco – na generosa Campanha Nacional de Alfabetização, que contou com o sempre presente apoio de Cuba.
A mídia comercial escondeu do público que a Nicarágua, neste período de 12 anos da segunda etapa sandinista, tenha se transformado em um país que mais avança na redução da Brecha de Gênero (diferenças entre homens e mulheres), estando colocada em quinto lugar no ranking mundial, atrás apenas da Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia. Ademais, Nicarágua registra hoje a menor taxa de homicídio da América Central, com 7 assassinatos por mil, bem como avança na reconstrução da educação pública e gratuita, que havia sido devastada, e que no momento alcança cerca de 86 por cento das matrículas em todos os níveis, sendo que na educação básica, os indicadores de distribuição grátis de livros e mochilas escolares, supera a escala do milhão, para um país com apenas 4,5 milhões de habitantes. Fora isso, a terra dos vulcões exibe também a faceta de possuir a mais estruturada rede de rodovias da região centro americana, a eletrificação de 95 dos domicílios e de produzir 80 por cento de seu consumo alimentar.
Este quadro trouxe como conseqüência um significativo impulso à indústria do turismo, que superava a casa de meio milhão de turistas por ano, até que foi atingida pela tentativa de golpe de estado iniciada em 18 de abril de 2018, e que, durante mais de 90 dias, ceifou a vida de 199 nicaraguenses, entre os quais 22 policiais, com ferimentos de bala, além da destruição de centenas de escolas e clinicas públicas, universidades estatais (as privadas foram convenientemente preservadas), destruição de prédios históricos, havendo, hoje, 359 policias feridos à bala, em fase de recuperação hospitalar.
O que os grandes meios comerciais sonegam ao público é que estas manifestações, só aparentemente repentinas, e que tomaram como pretexto o projeto de lei de Reforma da Previdência, tiveram início em várias cidades ao mesmo tempo, contando com organizadores mascarados, remunerados por ONGs financiadas a partir dos EUA, e que desde o primeiro momento, estavam armados de fuzis e morteiros. Quem vai a uma manifestação armado de fuzis e morteiros¿ No entanto, a TV Globo apoiou editorialmente estas manifestações, tratadas como se legítimas, espontâneas e populares, o que, por si só, face o simbolismo político desta emissora e de suas conexões com os EUA, já é um dado acidamente revelador.
Apesar da tentativa prudente e paciente do governo Ortega para estabelecer um Diálogo e uma Reconciliação com a oposição nicaragüense, para o que convocou a Igreja Católica, o que se viu é que esta foi colhida em diversas situações com ações de apoio aos tranques de rua, com o uso de barricadas, armas e bombas incendiárias, chegando ao cúmulo de igrejas e colégios católicos abrigarem em seu interior arsenais de armas dos “manifestantes”, como foi amplamente documentado. Este comportamento da igreja católica nicaragüense reivindica uma rigorosa reflexão dos membros da igreja progressista brasileira, sempre muito solidária com a Revolução Sandinista, com a memorável dedicação de Dom Pedro Casaldaglia, que cruzou aquele país a pé, após o que, entregou suas sandálias a instituição de memória e solidariedade às famílias dos mártires nicaragüenses.
Terrorismo político e econômico
As marcas do terrorismo, dos incêndios deliberados, o impagável prejuízo das vidas perdidas, a tremenda baixa na indústria do turismo, pois a campanha midiática afugentou os turistas e investidores, são visíveis por toda parte em Manágua, Masaya, Granada etc, mas também a determinação daquele povo em reconstruir tudo o que foi destruído, a retomada dos projetos, o que não impede que as linhas de Diálogo e Reconciliação com os segmentos opositores internos continuem vigentes. Prova disto é que os participantes das manifestações que, comprovadamente, não tenham usado armas, nem cometido assassinatos, ou seqüestros ou incêndios, e que estavam detidos pelas autoridades, foram entregues às suas famílias, como estímulo a que reconsiderem seu apoio ao vandalismo. Conduta similar se verifica em reação à mídia opositora, com os jornais mais hostis, como o tradicional La Prensa, circulando normalmente, apesar de suas manchetes agressivas contra o presidente da república eleito pelo voto popular. Nelas, é chamado de ditador, corrupto, sanguinário etc. O que sim existe por parte do sandinista e o cancelamento o registro de certas ONGs que financiaram os atos terroristas e que possuem conexão com alguns jornalistas que seguem diretamente instruções de poderosas instituições estrangeiras, como a Open Society, e que operam em sintonia com ações coordenadas pelos EUA sobre a OEA ,para exigir a renúncia de Ortega, que tem mandato eletivo até 2022.
As marcas do terrorismo, dos incêndios deliberados, o impagável prejuízo das vidas perdidas, a tremenda baixa na indústria do turismo, pois a campanha midiática afugentou os turistas e investidores, são visíveis por toda parte em Manágua, Masaya, Granada etc, mas também a determinação daquele povo em reconstruir tudo o que foi destruído, a retomada dos projetos, o que não impede que as linhas de Diálogo e Reconciliação com os segmentos opositores internos continuem vigentes. Prova disto é que os participantes das manifestações que, comprovadamente, não tenham usado armas, nem cometido assassinatos, ou seqüestros ou incêndios, e que estavam detidos pelas autoridades, foram entregues às suas famílias, como estímulo a que reconsiderem seu apoio ao vandalismo. Conduta similar se verifica em reação à mídia opositora, com os jornais mais hostis, como o tradicional La Prensa, circulando normalmente, apesar de suas manchetes agressivas contra o presidente da república eleito pelo voto popular. Nelas, é chamado de ditador, corrupto, sanguinário etc. O que sim existe por parte do sandinista e o cancelamento o registro de certas ONGs que financiaram os atos terroristas e que possuem conexão com alguns jornalistas que seguem diretamente instruções de poderosas instituições estrangeiras, como a Open Society, e que operam em sintonia com ações coordenadas pelos EUA sobre a OEA ,para exigir a renúncia de Ortega, que tem mandato eletivo até 2022.
Lições
Para as forças progressistas brasileiras, há muitas lições a tirar da atual experiência nicaragüense, mas, possivelmente, a mais importante é sobre a exemplar decisão da Frente Sandinista de Libertação Nacional de buscar defender com todos os meios legais possíveis e com a mobilização do povo, o mandato popular de Daniel Ortega. Para o que está enfrentando, a partir de um país pequenino mas de gigantescas realizações perante a história, os mais criminosos planos organizados a partir dos EUA e uma cobertura midiática mundial que visa confundir ao público, usando recursos incalculáveis. Nicarágua não se intimida, defende suas razões perante a história e, uma vez mais, caminha no sentido de impor uma nova derrota ao imperialismo norte-americano, que, como diz a canção, continua sendo o “inimigo da humanidade”
Para as forças progressistas brasileiras, há muitas lições a tirar da atual experiência nicaragüense, mas, possivelmente, a mais importante é sobre a exemplar decisão da Frente Sandinista de Libertação Nacional de buscar defender com todos os meios legais possíveis e com a mobilização do povo, o mandato popular de Daniel Ortega. Para o que está enfrentando, a partir de um país pequenino mas de gigantescas realizações perante a história, os mais criminosos planos organizados a partir dos EUA e uma cobertura midiática mundial que visa confundir ao público, usando recursos incalculáveis. Nicarágua não se intimida, defende suas razões perante a história e, uma vez mais, caminha no sentido de impor uma nova derrota ao imperialismo norte-americano, que, como diz a canção, continua sendo o “inimigo da humanidade”
Fonte: http://www.patrialatina.com.br/nicaragua-impoe-nova-derrota-aos-eua/
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