Após o IBGE divulgar uma explosão no desemprego, que atinge agora 13,1 milhões de pessoas (no trimestre encerrado em fevereiro), o presidente Jair Bolsonaro voltou a culpar o IBGE. Para ele, a questão não é a economia, mas a metodologia empregada pela instituição para medir a taxa; quase um milhão de pessoas somaram-se ao exército da população desocupada; mesmo reconhecendo que a metodologia do IBGE é utilizada internacionalmente, Bolsonaro acusou o instituto: "Parecem índices que são feitos para enganar a população"
2 de Abril de 2019 às 09:29
247 - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a metodologia empregada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, para medir a taxa de desemprego no País. Segundo dados divulgados pelo órgão, o índice aumentou para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 13,1 milhões de pessoas. O percentual era de 11,6% no trimestre anterior. De acordo com o instituto, a alta representa a entrada de 892 mil pessoas na população desocupada.
"Com todo respeito ao IBGE, essa metodologia, em que pese ser aplicada em outros países, não é a mais correta. (...) Tenho dito aqui, fui muito criticado, volto a repetir, não interessam as críticas. Tem de falar a verdade", afirmou o chefe do Planalto à Record nesta segunda-feira (1).
"Como é feita hoje em dia a taxa? Leva-se em conta quem está procurando emprego. Quem não procura emprego, não está desempregado. (...) Então, quando há uma pequena melhora, essas pessoas que não estavam procurando emprego, procuram, e, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego. É uma coisa que não mede a realidade. Parecem índices que são feitos para enganar a população", acrescentou.
De acordo com o presidente, "é fácil ter a metodologia precisa no tocante à taxa de desemprego. É você ver dados bancários, dados junto à Secretaria de Trabalho, quantos empregos geramos a mais ou a menos no mês".
Em outubro do ano passado, depois de eleito presidente, Bolsonaro disse à TV Bandeirantes que pretendia mudar a metodologia da entidade para calcular a taxa de desemprego porque os beneficiários do Bolsa Família são contabilizados como empregados.
Em nota, o IBGE afirmou na época que o levantamento segue padrões internacionais. O instituto também negou que beneficiários do Bolsa Família não são considerados empregados.
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