Ex-ministro José Dirceu teria recebido quase R$ 900 mil da Camargo Corrêa.
É o que indicam os documentos apreendidos durante a Operação Lava Jato.
Wilson Kirsche Curitiba, PR
A empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, mantinha um contrato sigiloso com o ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção no mensalão. O contrato foi publicado na segunda-feira (8) no site da revista Época, e valia quase R$ 900 mil para pagamentos mensais durante um ano.
A Polícia Federal apreendeu o contrato na sede da empreiteira, em São Paulo, durante buscas na última fase da Operação Lava Jato. O documento foi assinado em abril de 2010 entre a Camargo Corrêa e a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro.
José Dirceu foi contratado para fazer análises de aspectos sociológicos e políticos do Brasil, prestar assessoria na integração dos países da América do Sul, divulgar a empreiteira na comunidade internacional e ministrar palestras de interesse da empresa. Os pagamentos foram de R$ 75 mil por mês.
Comprovantes apreendidos mostram que entre maio de 2010 e fevereiro de 2011 o contrato rendeu à JD R$ 886,5 mil.
Na época, José Dirceu era réu no processo do mensalão e considerado muito influente na Petrobras. Segundo reportagem do site da revista Época, no mesmo mês em que contratou a assessoria de José Dirceu, a Camargo Corrêa fechou dois contratos com a Petrobras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O valor era de R$ 4,7 bilhões.
A Operação Lava Jato revelou ligações entre grandes empreiteiras e partidos políticos. Segundo depoimentos do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef, contratos com a estatal só eram fechados com pagamento de propina a partidos políticos.
Das 25 pessoas presas na última fase da Operação Lava Jato, em novembro, 12 permanecem na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Entre elas, executivos de seis empreiteiras. Eles devem ser denunciados ainda esta semana pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude em licitações e formação de cartel.
A JD Assessoria, empresa do ex-ministro José Dirceu, confirmou que prestou consultoria à Camargo Corrêa, mas repudia com veemência qualquer associação de seus serviços prestados com os contratos entre a Camargo Corrêa e a Petrobras.
A Camargo Corrêa também admitiu a existência do contrato, mas preferiu não comentar.
É o que indicam os documentos apreendidos durante a Operação Lava Jato.
Wilson Kirsche Curitiba, PR
A empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, mantinha um contrato sigiloso com o ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção no mensalão. O contrato foi publicado na segunda-feira (8) no site da revista Época, e valia quase R$ 900 mil para pagamentos mensais durante um ano.
A Polícia Federal apreendeu o contrato na sede da empreiteira, em São Paulo, durante buscas na última fase da Operação Lava Jato. O documento foi assinado em abril de 2010 entre a Camargo Corrêa e a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro.
José Dirceu foi contratado para fazer análises de aspectos sociológicos e políticos do Brasil, prestar assessoria na integração dos países da América do Sul, divulgar a empreiteira na comunidade internacional e ministrar palestras de interesse da empresa. Os pagamentos foram de R$ 75 mil por mês.
Comprovantes apreendidos mostram que entre maio de 2010 e fevereiro de 2011 o contrato rendeu à JD R$ 886,5 mil.
Na época, José Dirceu era réu no processo do mensalão e considerado muito influente na Petrobras. Segundo reportagem do site da revista Época, no mesmo mês em que contratou a assessoria de José Dirceu, a Camargo Corrêa fechou dois contratos com a Petrobras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O valor era de R$ 4,7 bilhões.
A Operação Lava Jato revelou ligações entre grandes empreiteiras e partidos políticos. Segundo depoimentos do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef, contratos com a estatal só eram fechados com pagamento de propina a partidos políticos.
Das 25 pessoas presas na última fase da Operação Lava Jato, em novembro, 12 permanecem na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Entre elas, executivos de seis empreiteiras. Eles devem ser denunciados ainda esta semana pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude em licitações e formação de cartel.
A JD Assessoria, empresa do ex-ministro José Dirceu, confirmou que prestou consultoria à Camargo Corrêa, mas repudia com veemência qualquer associação de seus serviços prestados com os contratos entre a Camargo Corrêa e a Petrobras.
A Camargo Corrêa também admitiu a existência do contrato, mas preferiu não comentar.
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