Fiéis têm de doar
bens e ficam presos
em fazendas da igreja
Na operação "De Volta para Canaã”, a Polícia Federal prendeu em três Estados líderes da igreja “Jesus, a Verdade que Marca” sob a acusação de se apoderar do patrimônio dos fiéis, além de submetê-los a regime de trabalho análogo à escravidão, em fazendas onde também se realizam as atividades religiosas.
Os líderes religiosos convenciam os fiéis a doar seus bens porque, segundo eles, o ensinamento de Jesus é que “tudo deveria ser de todos”.
Nas fazendas, os fiéis moravam amontoados em pequenas casas. Já as moradias dos líderes são amplas, com carros de luxo na garagem.
A operação contou com a participação de 190 policiais. Eles cumpriram 129 mandados judiciais, entre os quais seis de prisão temporária, seis de busca e apreensão, 47 de condução coercitiva e 70 de sequestro de bens.
Os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal em Belo Horizonte foram executados em Pouso Alegre, Poços de Caldas, São Andrelândia, Minduri, São Vicente de Minas e Lavras, em Minas Gerais, Carrancas, Remanso, Marporá, Barra, Ibotirama e Cotegipe, na Bahia, e em São Paulo.
Os líderes religiosos vão responder por crimes de redução de pessoas de pessoas à condição análoga a de escravo, tráfico de pessoas, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A PF não revelou nenhum nome dos líderes religiosos. Até agora, a igreja não se manifestou oficialmente sobre a operação.
A “Jesus, a Verdade que Marca” já tinha sido alvo de uma operação policial em 2011.
Na época, como defesa, os líderes evocaram o direito à crença para justificar a exploração dos fiéis.
Com informação da Polícia Federal.
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