Vejo nos meios de comunicação que o influente jornal norte-americano New York Times vem desestimulando, sistematicamente, em incontáveis editoriais, o golpe contra Dilma e o PT.
Paralelamente, vejo também que até o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega e o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também tratam de dissuadir os que pregavam o impeachment da Presidenta de continuar na sua pregação.
Isto leva à conclusão de que aquelas "bocas pagas" da elite financeira mundial não desejam a defenestração de Dilma Roussef por razões óbvias: as elites estão a ganhar muito no país, apostaram em nós e, obviamente, não querem correr riscos.
A prova maior do que acabei de afirmar é que até o presidente do Banco Itaú tem saído em defesa do governo de Dilma. É necessário mais algum indicativo para chegar-se à ilação de que a classe média - e só ela - está efetivamente descontente por ter que suportar a brutal carga financeira, que enriquece, ainda mais, os já abastados e distribui migalhas para a pobreza?
Tudo está a convergir para o sacrifício da classe média - que tem a pretensão de subir na vida e passar a integrar o seleto e impenetrável grupo da elite -, desconsiderando a afirmação de Aristóteles de que "a virtude está no meio termo". Ninguém quer saber de ser virtuoso (ideal de filósofo) e sim de ser rico. A classe média - cujo conceito um certo amigo meu usa de forma pejorativa, sempre que quer gozar de alguém - almeja mesmo é subir na vida, saindo da vidinha medíocre para a vida de ostentação, de fausto, de mordomias, de despreocupação com sobrevivência.
Basta que o governo atente para ela e a acaricie e toda a resistência estará mitigada, pois, se os ricos estão satisfeitíssimos e os pobres contentam-se com migalhas, basta que a classe média não seja tão espremida para que o paraíso seja aqui.
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