BERGOGLIO REZARÁ MISSA AO LADO ESQUERDO DE IMAGEM ICÔNICA DE CHE GUEVARA, EM CUBA

Cubanos montam altar para sermão na praça da Revolução, em Havana; pontífice chega à ilha no fim de setembro e depois partirá para os Estados Unidos

Operários cubanos estão construindo um altar ao lado da icônica imagem de Che Guevara, em Havana, para o papa Francisco dar seu sermão, em uma visita prevista para o fim de setembro, reportou a Telesur nesta terça-feira (04/08).

Patrícia Dichtchekenian/Opera Mundi

Obra do artista cubano Enrique Ávila, escultura de ferro do Che é um dos atrativos turísticos de Havana

O pontífice argentino chegará à ilha liderada por Raúl Castro no dia 19 do próximo mês e deve permanecer na capital cubana durante três dias. O sermão ocorrerá na praça da Revolução, local símbolo do poder político do país.

Além de o palanque estar sendo montado à esquerda de um dos principais líderes da Revolução Cubana, ele também estará à direita do memorial José Martí, mártir da independência da ilha perante os espanhóis.

Entretanto, o papa Francisco não é o primeiro a conduzir uma missa no local. Seus antecessores João Paulo II e Bento XVI também realizaram sermões na icônica praça em 1998 e 2012, respectivamente.

A visita ocorre meses após o pontífice argentino ser elogiado pelos governos cubano e norte-americano pelo papel no restabelecimento de relações diplomáticas bilaterais. Apesar disso, Francisco constantemente minimiza seu papel, argumentando que a reaproximação partiu de uma “boa vontade” vinda das duas nações.

Após a visita a Cuba, o líder da Igreja Católica seguirá viagem aos Estados Unidos, onde visitará Washington, Nova York e Filadélfia. No país vizinho, ele será o primeiro papa a fazer um pronunciamento diante do Congresso norte-americano.

No início de julho, Francisco fez um “tour” por três países da América Latina: Equador, Bolívia e Paraguai. Durante a visita, ele foi presenteado pelo presidente boliviano, Evo Morales, com um crucifixo em forma de foice e martelo e também fez discursos contra o capitalismo e a favor de movimentos sociais latino-americanos.

EFE/arquivo, Via OPERA MUNDI