É com profundo sentimento de pesar que escrevo estas linhas que ocupam minha opinião e o espaço reservado às manchetes de fechamento desta edição da Rua Judaica.
Milito diariamente, há mais de três décadas, em favor do judaísmo e do sionismo.
Acho que ajudei a combater, com vigor, os estereótipos antissemitas que tantas tragédias provocaram ao longo da história.
Hoje, quero enfatizar que o crime de ontem, perpetrado contra os inocentes participantes da Parada Gay, em Jerusalém, e o incêndio criminoso de duas casas na Cisjordânia, nesta sexta-feira, merecem o nosso total e absoluto repúdio e partem nosso coração.
Nas casas, supostamente incendiadas por extremistas judeus, um bebê palestino de 18 meses morreu, seu irmão de quatro anos e seus pais estão internados em estado crítico.
Ontem, seis pessoas foram esfaqueadas da forma mais brutal e animalesca, a maioria pelas costas, na rua da sagrada Jerusalém.
O argumento usado pelo criminoso reincidente foi baseado em fanatismo religioso.
Hoje, pelo que foi anunciado até agora, o argumento deixado grafitado no local do crime, volta a ser baseado em conteúdo religioso, acrescido de fanatismo nacionalista.
O povo de Israel, bem como o governo israelense, já manifestaram em alto e bom som o total repúdio, em ambos acontecimentos.
Autoridades religiosas israelenses de alto escalão foram as primeiras a criticar o ocorrido e lamentar as vítimas civis.
O mundo judaico assiste envergonhado o fruto do irracional – radical – criminoso - fundamentalista e racista.
No judaísmo, quando salvamos uma vida é como se tivéssemos salvo toda a Humanidade.
Mataram e feriram inocentes; isto não é judaísmo, nem religião!
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